Análise do perfil de internações e uso de antibióticos na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Regional de Gurupi - TO entre maio e junho de 2015.
As infecções de origem comunitária ou nosocomial constituem muitas causas de internação e mortalidade em pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Um problema na prática clínica em UTI é saber se um paciente febril necessita de antibiótico e qual o melhor para o caso. A antibioticoterapia dirigida depende do exame microbiológico (EM) e do antibiograma (AB), contudo muitos ainda utilizam o modo empírico de prescrição, que necessita de um profundo conhecimento do profissional quanto à microbiota da UTI e das infecções comunitárias do local. O atraso ou a inadequada prescrição de antibiótico pode ter impacto negativo sobre o prognóstico do enfermo, contribuindo para o prolongamento da internação e aumento dos custos.
Delinear o perfil de internações na UTI e correlacionar com o manejo do uso de antibióticos no Hospital Regional de Gurupi (HRG) no Estado do Tocantins entre os meses de maio e junho de 2015.
Estudo piloto retrospectivo-descritivo de casos de internações na UTI do HRG, no município de Gurupi no Estado do Tocantins entre os meses de maio e junho de 2015. Foi realizada pesquisa na ficha de notificação de uso de antimicrobianos fornecida pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do HRG, usando variáveis como: Quantidade de internações, sexo, tipos de infecções, classe de antibióticos e presença ou não de EM e AB. Foram calculados frequências dos valores obtidos a partir do software Microsoft Excel 2007.
No período estudado ocorram 57 internações na UTI, sendo 66% do sexo masculino (n=38). Os tipos de infecções prevalentes em ordem crescente são: Neutropenia febril 2%; infecção do sítio cirúrgico 11,1%; infecção do trato urinário 24,4%; Bacteremia primária 28,8%; Pneumonia (PNM) 31,1%; Sendo que em 17,5% do total das internações não tinham qualquer tipo de infecção. Do total de internados, 8,9% tinham o pedido de EM e AB anexados no prontuário; 67,8% não tinham o pedido e 23,2% não tinham preenchidos a informação. Foram usados 65 vezes antibióticos nesse período, destacando-se a cefalosporina com 44,6% e Quinolona 21,5% do total.
As internações na UTI do HRG tem a prevalência do sexo masculino para ocupação dos leitos sendo que PNM é a infecção mais comum. Exames auxiliares como EM e AB são pouco utilizados. Ocorre um predomínio de agentes bactericidas nas fichas, cefalosporina e quinolonas são os principais representantes.
Infecção; Antibiótico; Unidade de Terapia Intensiva
Clínica Médica
Dario Silva da Silva Júnior, Waldir Rocha Azevedo Neto, Luana Araújo Lopes, Juliana Lemos Schneid, Sara Falcão de Sousa