Tratamento intra-vesical com Imunoterapia de BCG para tratamento de Câncer de Bexiga: Relato de Caso.
Fundamentação/Introdução
O câncer de bexiga atinge preferencialmente a 6ª e 7ª décadas de vida e segundo o INCA o número de casos em 2014 foi de 8.940. É um câncer de importante prevalência e diferentes métodos de tratamento disponíveis. A fundamentação deste relato de caso baseia-se na utilização de Imunoterapia com BCG transuretral em câncer de bexiga como alternativa menos invasiva de tratamento.
Objetivos
Apresentar o relato de caso (RC) de um paciente adulto, 60 anos, idade de maior incidência de Câncer de bexiga e o resultado obtido com o tratamento realizado.
Delineamento e Métodos
RC de paciente a partir de dados e exames prévios.
Descrição do Caso
A.L.S., 60 anos, masculino, assintomático, em exames de rotina em acompanhamento com um urologista notou-se aumento de próstata e então foi submetido a uma Ecografia de Próstata Transabdominal e Via Transretal. O laudo identificou dimensões aumentadas (4, 4x4, 3x4, 2cm), com peso aproximado de 41,9 gramas, com densidade ecográfica homogênea e normal. Notou-se também um ângulo vesiculo-prostático preservado e presença de protusão do lobo mediano prostático em direção ao assoalho vesical. Observou-se também no assoalho vesical imagem sugestiva de vegetação sólida, medindo cerca de 2,3x1,6cm, de natureza a esclarecer.
O paciente então foi submetido a RTU de bexiga aonde foi diagnosticado Carcinoma Urotelial Papilar de Baixo Grau, sem invasão da camada muscular. Paciente foi então encaminhado ao oncologista, aonde a abordagem escolhida foi a imunoterapia intra-vesical com a administração do Bacilo de Calmette-Guérin (BCG). Durante 6 semanas o paciente foi submetido a colocação de sonda uretral uma vez por semana e aplicado a imunoterapia, a BCG atua como ajudante das células T em especial a citocinas das células conhecida como Th1.
Após o tratamento foi solicitado exames laboratoriais os quais vieram sem alterações. Também foi realizada uma ecografia de vias urinárias e cistoscopia, ambas sem alterações. Com a cistoscopia com resultado normal o paciente foi submetido a um acompanhamento trimestral.
Conclusões
A imunoterapia com BCG como opção terapêutica foi efetiva no tratamento deste paciente com câncer de bexiga sem invasão da camada muscular. A imunoterapia já se provou eficaz também para reduzir o risco de recidiva e recorrência de câncer de bexiga baixo grau sem invasão muscular após a ressecção pela RTU.
Oncologia; Câncer de Bexiga; Imunoterapia; BCG;
Clínica Médica
Gabriela de Albuquerque Ribeiro, Bruno Muniz Andrade