Título

ANÁLISE DO NÍVEL DE CONHECIMENTO ACERCA DA HEPATITE A E DA HEPATITE E ENTRE JOVENS DE UMA ESCOLA PÚBLICA EM UM MUNICÍPIO NA REGIÃO NORTE DO CEARÁ

Fundamentação/Introdução

As hepatites A e E são doenças infeciosas transmitidas por via oral-fecal. Em sua maioria, são doenças silenciosas que só são percebidas quando originam sinais ou sintomas que reduzem a qualidade de vida do paciente. O boletim epidemiológico do ministério da saúde em 2012 afirmou que, no período de 1999 a 2011,foram registrados 967 casos confirmados de hepatite E no Brasil. A segunda região mais acometida foi a Nordeste (173 casos; 17,9%). Nesse mesmo período, 31,2% dos casos de hepatite A eram no Nordeste. Já no boletim epidemiológico de 2015 do Ministério da Saúde, a média de idade de pacientes acometidos com hepatite A é 9,78 anos (indivíduos jovens) e, entre 2000 e 2014, junto à região Norte, a região Nordeste apresentou maior número de casos. Sendo assim, vê-se a necessidade de analisar o impacto de educar esses jovens nordestinos acerca dessas doenças.

Objetivos

Analisar o nível de educação de jovens acerca das hepatites A e E e comparar com a porcentagem de casos notificados pelo ministério da saúde na região.

Delineamento e Métodos

Foi realizado um estudo transversal, retrospectivo e observacional.Por meio de um questionário com 10 perguntas objetivas, foram analisadas as respostas acerca de conhecimentos básicos das hepatites A e E.Foram 102 alunos submetidos a esse questionário com idades entre 14 a 16 anos da escola estadual Dom José Tupinambá da Frota em Sobral, município cearense.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Já na primeira questão, 8,5% deles não sabiam da existência dessas doenças. 39% só sabiam da existência da hepatite A. Um dado alarmante era que apenas 39% dos alunos sabiam que a hepatite atingia o fígado. Grande parte (33,9%) acreditava que as hepatites eram causadas por bactérias, enquanto 28.9% acreditavam que eram por vírus. Apenas cerca de 50% da amostra sabia que eram transmitidas por água e alimentos e que a prevenção podia ser feita com a lavagem das mãos e dos alimentos contaminados. 47,45% acreditavam que existia vacina para hepatite A e E. 44,06% afirmaram ter cura para as duas e 50,84% disseram que essas doenças têm sintomatologia sempre.

Conclusões/Considerações Finais

Baseado nos dados obtidos, podemos inferir que uma das causas, se não for a principal delas, dessa alta taxa de infecção por vírus das hepatites A e E entre os jovens da zona Nordeste pode ser a falta de informação acerca da transmissão. Esses dados mostram a necessária atenção ao impacto do desconhecimento desses jovens nordestinos acerca dessas doenças e o quanto precisa ser mais investido em instrução sobre esse tema.

Palavras-chave

Hepatite A
Hepatite E
Nordeste
Conhecimento
Jovens

Área

Clínica Médica