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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

Hipoparatireoidismo secundário a intoxicação exógena por alumínio - Relato de Caso

Fundamentação/Introdução

O hipoparatireoidismo é uma condição rara, na qual os níveis de paratormônio (PTH) estão diminuídos, acarretando hipocalcemia e hiperfosfatemia, com alteração da morfologia da glândula paratireoide na maioria dos casos. O íon alumínio quando associado a disfunção da glândula paratireoide, frequentemente leva a hiperparatireoidismo.

Objetivos

Relatar um caso clínico de paciente com hipoparatireoidismo secundário a intoxicação exógena pelo íon alúminio.

Delineamento e Métodos

Pesquisa médica e análise detalhada de caso clínico

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Paciente, V. R. I., sexo masculino, 68 anos, solteiro, aposentado, trabalhava com limpeza de esgoto. Iniciou quadro de fraqueza de membros inferiores tendo procurado o serviço de pronto atendimento médico. Ao exame físico discreta diminuição de força em membros inferiores, sem outras alterações. Exames complementares iniciais, dosagem de cálcio ionizado de 0,51 e fósforo de 5,2. Solicitada investigação para hipoparatireoidismo, apresentou dosagem de PTH de 1,5 (normal de 14,0 até 72,0) e vitamina D de 5,1, preenchendo critérios para diagnóstico. Aos exames de imagem, ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância nuclear magnética, glândulas paratireoide presentes e sem alterações de morfologia. Iniciado reposição de cálcio e vitamina D, evoluiu com refratariedade da hipocalcemia. Realizado levantamento em literatura médica sobre possíveis etiologias e posterior direcionamento da investigação diagnóstica. Apresentou dosagem de alumínio de 66,7 ug/L (normal até 10,0 ug/L), tendo sido aventada hipótese de intoxicação exógena por alumínio, dada a possível exposição pela atividade laborativa. Mantida reposição de cálcio e vitamina D e instituído tratamento com quelante de alumínio, Desferroxamina 300mg, 1 vez por semana. Paciente evoluiu com melhora, normalizando calcemia e fosfatemia, recebendo alta assintomático. Em acompanhamento ambulatorial, mantêm dosagem de cálcio e fósforo dentro dos padrões de normalidade.

Conclusões/Considerações Finais

O caso em questão apresenta relevante importância clínica devido a rara incidência do íon alumínio como fator causador de hipoparatireoidismo.

Palavras-chave

Hipoparatireoidismo, alumínio, hipocalcemia

Área

Clínica Médica

Autores

Stela Spereta Moscardini, Ana Paula Graça, Michelle Gentile Cherit, Juliana Vieira Biason, Daniel Chalela Neto