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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

Relato de caso de paciente com hepatite medicamentosa por uso de anabolizantes associado a antibioticos e AINEs.

Fundamentação/Introdução

INTRODUÇÃO: A hepatite medicamentosa é um problema relevante na prática clínica atual, já que corresponde a cerca de 0,2% de todas as internações hospitalares e a 2 a 3% de internações por efeitos adversos de fármacos. Caracteriza-se por lesão hepática ocorrendo tanto por toxicidade direto, quanto por idiossincrasia, podendo ser causada por inalação, ingestão ou administração parentérica de agentes farmacológicos ou químicos. Deve-se levar em consideração o uso de tóxicos pelo paciente, a automedicação indiscriminada e a iatrogenia tanto com medicações de uso continuo, quanto medicamentos de uso esporádico.

Objetivos

OBJETIVO: Relato de caso de hepatite medicamentosa por uso de anabolizantes associado a antibióticos e AINEs, com sintoma principal de icterícia.

Delineamento e Métodos

MÉTODO: relato de caso descritivo.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

RESULTADOS: indivíduo masculino, 25 anos, há três meses iniciou o quadro de icterícia (++++/4+) após a utilização de anabolizantes, antibióticos e anti-inflamatórios não hormonais. Refere acolia, colúria, náuseas e prurido generalizado associado. Ao exame físico (após 40 dias internado) encontrava-se em bom estado geral, lúcido, orientado, atento, coerente, hidratado e ainda ictérico (++++/4+). Frequência cardíaca de 68 bpm. Pressão Arterial: 130X70 mmHg. Ausculta cardiopulmonar sem anormalidades e exame abdominal com ruídos hidroaéreos presentes, normetenso e indolor à palpação superficial e profunda, ausência de massas palpáveis e visceromegalias (notáveis ao exame físico). Ao primeiro exame laboratorial a bilirrubina direta apresentava-se em 43 mg/ dL, seu último exame indicou bilirrubina total de 18,07. Paciente foi internado para melhora do quadro clínico, com uso de Dexclorfeneramina, Ursacol, Colestiramina, como tratamento medicamentoso e Nausedron, Dipirona e Omeprazol sintomático; necessitou acompanhamento ambulatorial, sem precisar de transplante hepático.

Conclusões/Considerações Finais

CONCLUSÃO: O uso de anabolizantes sem acompanhamento médico deve ser entendido como uma causa importante de hepatite medicamentosa, pois os mesmo tem grande hepatotoxicidade, tornando doses menores de outras medicações, também metabolizadas no fígado, mais tóxicas. O tratamento medicamentoso, bem como a retirada do agente agressor devem ser feitos o mais rápido possível para bloquear mecanismos imunológicos subjacentes, evitando assim danos hepáticos irreversíveis, os quais pelo curso da doença acarretariam em necessidade de transplante.

Palavras-chave

PALAVRAS CHAVE: hepatite medicamentosa, hepatite, anabolizantes, icterícia

Área

Clínica Médica

Autores

Beatriz Cavalheiro Bonatelli, Ana Carolina Radin, Claudia Theis, Renan Carlos Coradi, Maria Regina Orofino Kreuger