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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

Estrongiloidíase disseminada em paciente portador de Espondiloartrite: Relato de caso

Fundamentação/Introdução

Estrongiloidíase disseminada é uma parasitose rara, de difícil diagnóstico, que acomete imunossuprimidos. A mortalidade pode chegar a 87% dos casos. Apresenta-se de forma crônica e assintomática nestes indivíduos e com poucos relatos da doença acometendo portadores de espondilite anquilosante.

Objetivos

Descrever um caso de estrongiloidíase disseminada em um paciente portador de espondiloartrite, em tratamento reumatológico imunossupressor.

Delineamento e Métodos

Informações coletadas por anamnese, exame físico, exames complementares, acompanhamento clínico, revisão do prontuário e da literatura.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

S.A.S, masculino, 50 anos, portador de espondilite anquilosante, em uso de prednisona e metotrexato há 2 anos, foi encaminhado ao hospital com quadro de tosse, dispnéia, diarréia há 3 semanas e perda ponderal de 7 Kgs em 30 dias. Trazia uma tomografia computadorizada de tórax com achados sugestivos de pneumocistose, já em uso de levofloxacino, metronidazol e Sulfametoxazol/trimetoprima, que foram mantidos inicialmente. Também havia recebido albendazol por 5 dias, devido a uma eosinofilia constata em exame previo. Evoluiu com hiporexia, inapetência e hematoquezia. Sendo realizada endoscopia digestiva alta que visualizou ulceras esofageanas, em estomago e intestino, sem indícios de doença inflamatória intestinal. Nesse momento, foi iniciado tratamento empírico para CMV/herpes zoster, e suspenso demais antimicrobianos, sem resposta clínica. O paciente persistiu com a tosse, agora com hemoptóicos e evoluiu com instabilidade clinica, sendo encaminhado para unidade de terapia intensiva. Prosposto e realizado uma broncoscopia com lavado bronquioalveolar, constatou-se larvas de Strongiloides stercolares, confirmando o diagnóstico de estrongiloidíase disseminada. Deste modo, foi iniciado tratamento com ivermectina oral por 6 dias, sem sucesso da terapêutica, ocorrendo óbito durante o tratamento.

Conclusões/Considerações Finais

Os achados clínicos da estrongiloidíase são inespecíficos, mas sintomas gastrintestinais ou pulmonares inexplicados, em pacientes susceptíveis, devem ser sinais de alerta. Dispnéia, tosse, hemoptise, hipoxemia, dor, distensão abdominal, e choque são manifestações freqüentemente descritas nas formas disseminadas da parasitose. Entretanto, os tratamentos atuais estão associados a elevadas taxas de insucesso e novos fármacos ou vias de administração ainda necessitam de maiores estudos para segurança do uso.

Palavras-chave

Espondilite anquilosante, estrongiloidíase, ivermectina

Área

Clínica Médica

Autores

Anna Luiza Leal Chaves, Michelle Ramos Da Silva, Lisa Mielke De Oliveira, Ludmila Quintão Uhebe, Yara Abrão Vasconcelos Vivas