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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

HANSENÍASE EM FLORIANÓPOLIS: O DESAFIO DA ERRADICAÇÃO

Fundamentação/Introdução

Mesmo com uma tendência de queda no número de casos no país e no mundo, a Hanseníase ainda é considerada uma doença relevante devido ao seu poder incapacitante, atingindo principalmente a faixa etária economicamente ativa. Os fatores que contribuem para a manutenção da transmissão são: o longo período de incubação bacilar, a cronicidade das manifestações clínicas e o preconceito. O diagnóstico e o tratamento precoce, a vigilância de contatos, a divulgação dos sinais e sintomas e a sensibilização dos profissionais são medidas essenciais ao controle da doença.

Objetivos

Descrever a situação da Hanseníase em Florianópolis através dos casos índices e fazer a correlação entre número de contatos registrados e examinados, visando a quebra da cadeia de transmissão.

Delineamento e Métodos

Estudo quantitativo, descritivo. Dados tabulados pelo tabwin, DATASUS, SINAN Net. Consideradas as variáveis: forma clínica, modo de entrada, situação de encerramento, fonte notificadora e contatos examinados.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Em Florianópolis, entre 1996 e 2015, foram registrados 212 casos de hanseníase residentes no município, sendo; 127 (78,8%) casos novos, 16 (7,5%) transferências, 24 (11,3%) recidivas e 5 (2,4%) outros reingressos.
A proporção de recidivas é superior à estadual e nacional (6,2 e 3,2% respectivamente). É possível que as reações hansênicas estejam sendo confundidas com recidivas, pois (46%) aconteceram em menos de 5 anos depois da cura.
Quanto ao encerramento de casos novos, de 2003 a 2014 as curas representaram 85,8% dos casos, os abandonos 3,4% e as transferências 8,8%. Três casos foram encerrados como óbito por outras causas.
Historicamente a avaliação de contatos dos casos novos é insuficiente no município, mas a articulação entre Atenção Primária e Vigilância Epidemiológica em 2012 fizeram o municipio alcançar a meta pactuada naquele ano, o que não se sustentou nos anos posteriores.
Quanto à qualidade das ações(5) dos 167 casos novos de hanseníase em residentes de Florianópolis no período de 1996 a 2015, apenas 6 (3,6%) foram detectados através da análise dos contatos dos casos índice.

Conclusões/Considerações Finais

Para interromper a cadeia de transmissão de uma doença com período de incubação longo como esta não é suficiente fazer o exame dos contatos no momento do diagnóstico, é necessário também um acompanhamento mais prolongado dos contatos. Além disso, os contatos não examinados de todos os casos já encerrados também devem ser buscados para avaliação.

Palavras-chave

Hanseniase, Vigilância, Transmissão, Florianópolis

Área

Clínica Médica

Instituições

Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis - Vigilância Epidemiológica - Santa Catarina - Brasil

Autores

Ricardo Camargo Vieira, Ana Cristina Vidor, Francimar Furukawa Barreto, Maria Cristina Itokazu, Valdete Silva Sant’Anna