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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

O DESAFIO DA TUBERCULOSE EM FLORIANÓPOLIS

Fundamentação/Introdução

Em Florianópolis, a tuberculose (TB) se destaca historicamente por apresentar incidência elevada e tendência de elevação desde 2005. A forma pulmonar é a mais frequente e mais relevante para a saúde pública. Cada doente não diagnosticado tende a infectar de 10 a 15 pessoas em um ano, sendo que uma ou duas adoecem. Com base nesses fatos, as principais estratégias de saúde que visam interromper a cadeia de transmissão da TB podem ser agrupadas em dois focos: o fortalecimento da adesão ao tratamento para obtenção da cura e o diagnóstico precoce.
Para a interrupção da cadeia de transmissão é essencial o exame dos contatos, uma vez que o longo tempo de exposição e a relação de proximidade com o caso índice são fatores que aumentam o risco de infecção. Além disso, possibilita a identificação de pessoas que devem receber a quimioprofilaxia que, bem utilizada, reduz de 60 a 90% o risco de adoecimento.

Objetivos

Descrever as características dos casos de tuberculose diagnosticados em Florianópolis, bem como avaliar os resultados da atenção à doença no município.

Delineamento e Métodos

Estudo descritivo, dados extraídos do SINAN, DATASUS, IBGE e LAMUF. As variáveis consideradas foram: forma clínica, situação de encerramento e exames de contatos examinados e avaliação de sintomáticos respiratórios.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Quanto às formas clínicas, se observa que o município segue a tendência nacional, com a maior parte dos casos novos pulmonares (em média 78,7%) e destes, 68,1% bacilíferos. Entre 2001 e 2013 as metas preconizadas pela OMS para taxa de cura e taxa de abandono não foram atingidas em Florianópolis. As taxas de cura mais baixas ocorreram entre 2007 e 2010, variando entre 60% a 63%. As maiores taxas de abandono chegaram em torno de 19% nos anos de 2007 e 2009. Quanto à meta de exame de sintomáticos respiratórios (SR), nenhum distrito alcançou o número esperado, o que indica possibilidade de subdiagnóstico.

Conclusões/Considerações Finais

A descentralização do tratamento da tuberculose em Florianópolis é um potencial para melhorar o acesso ao diagnóstico e tratamento, além de permitir maior vinculação das equipes com as famílias afetadas. Mas ainda se faz necessário que estas facilidades se traduzam em melhor controle da doença, o que ainda não pode ser observado.

Palavras-chave

Tuberculose, Vigilância, Florianópolis, Forma pulmonar, sintomático respiratório, Transmissibilidade, Contatos

Área

Clínica Médica

Autores

Ricardo Camargo Vieira, Isabela Zeni, Ana Cristina Vidor, Francimar Furukawa Barreto, Valdete Silva Sant’Anna