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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

DERMATOSE EM PACIENTE PORTADOR DE NEOPLASIA HEMATOLÓGICA: UM DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL - SÍNDROME DE SWEET

Fundamentação/Introdução

A síndrome de Sweet consiste em um processo reativo decorrente de um desequilíbrio na produção de citocinas e interleucinas. Pode ser causada por processo parainflamatório, paraneoplásico, induzida por drogas ou idiopática. Manifestam-se clinicamente como placas eritematosas dolorosas localizadas principalmente em face, pescoço e extremidades, frequentemente acompanhadas de febre, neutrofilia e velocidade de hemossedimentação (VHS) elevada.

Objetivos

Relatar um caso de síndrome de Sweet paraneoplásica, demonstrando a importância do seu reconhecimento para tratamento adequado.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um relato de caso onde foi realizada uma pesquisa nos bancos de dados eletrônicos Pubmed, Uptodate, Scielo e BVS e em literatura impressa.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Paciente do sexo masculino, 33 anos, solteiro, portador de Leucemia Mielóide Crônica desde 2009, em uso de Dasatinib, apresentando lesões de pele eritematosas arredondadas, confluentes, com centro bolhoso, bordas elevadas, localizadas em face, região cervical, membros superiores e porção superior do tronco com três semanas de evolução. Devido ao quadro clínico sugestivo de síndrome de Sweet, foi realizada biópsia das lesões, que confirmou o diagnóstico, e iniciado Cefalexina, Ivermectina e Prednisona na dose de 1,5mg/kg. O paciente apresentou boa resposta ao tratamento, evoluindo com desaparecimento das lesões em poucos dias. Descrita pela primeira vez em 1964, pelo Dr. Robert Douglas Sweet, os principais critérios para o diagnóstico são: início abrupto de placas eritematosas dolorosas ou nódulos, evidência histopatológica de infiltrado neutrofílico, e ausência de vasculite leucocitoclástica. Os critérios menores são: febre maior que 38ºC; associação com neoplasia hematológica ou visceral, doença inflamatória ou gravidez, ou precedida por uma infecção do trato respiratório superior, gastrointestinal, ou vacinação; excelente resposta ao tratamento com glicocorticóides sistémicos ou iodeto de potássio; valores laboratoriais anormais (VHS maior que 20 mm/hora, proteína C-reativa positiva, mais de 8000 leucócitos ou 70% de neutrófilos).

Conclusões/Considerações Finais

A forma paraneoplásica é comumente encontrada em associação com neoplasias hematológicas se comparado aos tumores sólidos. É importante ressaltar que diante de um paciente portador de neoplasia com lesões de pele, deve-se aventar a possibilidade de síndrome de Sweet, sendo o diagnóstico essencial para a definição terapêutica e seu sucesso.

Palavras-chave

Síndrome de Sweet, dermatose

Área

Clínica Médica

Instituições

Faculdade de Medicina de Barbacena - Minas Gerais - Brasil, Faculdade de Saúde e Ecologia Humana - Minas Gerais - Brasil, Hospital da Polícia Militar de Minas Gerais - Minas Gerais - Brasil, Universidade Federal de São João Del Rei - Minas Gerais - Brasil

Autores

Thamiris Silva Soares, Barbara Costa, Nathália Florence de Paula Souza, Giovana Péret Figueró Mattos, João Sávio Silva Soares