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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

PARAPARESIA ESPÁSTICA POR INFECÇÃO HTLV

Fundamentação/Introdução

A presença do HTLV não necessariamente gera manifestações patológicas no portador. Paraparesia espástica tropical pelo HTLV(PET) é uma doença desmielinizante que afeta medula espinal e a substância branca do cérebro. Sabe­-se que menos de 5% dos portadores do HTLV desenvolverão essa condição.

Objetivos

Relatar o caso de paraparesia espástica tropical por infecção vírus HTLV-1 e HTLV-2 em adulto.

Delineamento e Métodos

Revisão de prontuário médico e revisão da literatura atual.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Mulher, 56 anos admitida pelo pronto atendimento com queixa de fraqueza e perda progressiva de força em membros inferiores há um ano com evolução para franca paraparesia. Antecedente de infecção por HTLV-1 diagnosticada em julho de 2013. Apresentou a admissão dificuldade à deambulação, incontinência urinária e queixa de infecções urinárias de repetição desde junho de 2014. Ao exame físico, paraparesia espástica de membros inferiores mais acentuada a direita. À Ressonância Magnética (RM) de coluna lombar haviam alterações sugestivas de hemangioma atípico em L1, T4, T8 e T12, L2-L5, e desidratação discal difusa. Foi constatada alterações do Reflexo H à Eletroneuromiografia (ENMG) sendo condizente com doenças oriundas do sistema nervoso central. A pesquisa de anticorpos anti-HTLV-1 e anti-HTLV-2 acusou-se reagente no soro (todas as bandas Western-Blot) e no líquor. A paciente foi submetida à profilaxia para estrongiloidíase com Albendazol 400mg/dia e então iniciou pulsoterapia com Metilprednisolona 1g/dia por 4 dias em intervalos de 24 horas. O tratamento de manutenção realizado com Prednisona 50mg/dia. Apresentou resposta clínica favorável à corticoterapia com melhora da paraparesia, das funções esfincterianas e da deambulação; recebendo alta hospitalar para acompanhamento com infectologista.

Conclusões/Considerações Finais

O presente artigo visa a importância de realizar diagnóstico e tratamento precoce da paraparesia espástica tropical, além de ressaltá-la como importante diagnóstico diferencial entre doenças do sistema nervoso central. Apesar de não possuir elevada taxa de mortalidade, esta entidade ganhou sua importância clínica nos últimos anos devido a sua morbidade e o prejuízo na qualidade de vida do doente. O tratamento adequado, com resultados mais efetivos e menores reações adversas ainda é obscuro. Neste relato de caso houve um desfecho positivo com corticoterapia.

Palavras-chave

paraparesia espástica tropical, HTLV-1, HTLV-2, diagnóstico, prednisona

Área

Clínica Médica

Autores

Bruna Cavalcante Torres, Breno Menezes Rocha, Gelvana Flávio Barreto Reis , Maricy Almeida Viol Ferreira Lopes, Adrielle Cardoso Bonfim