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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

Apendicite e Febre Hemorrágica da Dengue: relato de caso

Fundamentação/Introdução

Apendicite é considerada a mais comum das emergências cirúrgicas abdominais, ocorrendo em 10% da população. Sua abordagem precoce influi diretamente no prognóstico. Quanto mais tardia for a intervenção, mais difícil é seu tratamento.

Objetivos

Relatar um caso de apendicite associada à Febre Hemorrágica da Dengue no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).

Delineamento e Métodos

As informações foram obtidas de prontuário e revisão de literatura.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Homem de 22 anos foi referenciado com história de queda do estado geral, hipotensão, petéquias, ascite e derrame pleural com insuficiência respiratória, sendo admitido em unidade de cuidados intensivos, onde constataram sorologia positiva para Dengue, diagnosticando-se Febre Hemorrágica da Dengue. Em tomografia de abdome realizada no 20º dia de internação, observaram-se sinais de sangramento intraparenquimatoso hepático em vários estágios, ascite de grande volume de densidade heterogênea e grande fecalito em apêncice retrocecal com borramento de gordura ao redor, correspondendo a processo inflamatório. Submetido a laparotomia exploradora, drenou-se quatro litros de ascite purulenta e abscesso retroperitoneal retrocólico direito e realizou-se a apendicectomia. Após o procedimento, precisou-se-lhe drenar o hemitórax direito devido a empiema, e seguiu internado com bom curso evolutivo em uso de antibióticos de largo espectro. Recebeu alta após o 45° dia de internação, deambulando e sem queixas. No 55° dia desde sua primeira admissão, foi novamente referenciado a mesma urgência devido a formação rápida de nova coleção intracavitária e formação de abscesso hepático, onde havia hemorragia intraparenquimatosa, devido à Dengue, necessitando-se de nova intervenção cirúrgica e mais 20 dias de internação. Recebeu alta e encontra-se sob seguimento ambulatorial sob orientações de retornar à urgência em caso de novos picos febris e dores abdominais.

Conclusões/Considerações Finais

Devido a sobreposição de duas doenças infecciosas prevalentes no Estado do Piauí, houve retardo no diagnóstico de apendicite, implicando maior morbidade em seu curso clínico. Faz-se necessária a suspeição diante de quadro clínico atípico no diagnóstico diferencial de ascite em diagnósticos já confirmados.

Palavras-chave

Apendicite, Febre Hemorrágica da Dengue, Cirurgia.

Área

Clínica Médica

Instituições

FACULDADE INTEGRAL DIFERENCIAL - Piauí - Brasil, HOSPITAL DE URGÊNCIA DE TERESINA - Piauí - Brasil

Autores

ROBSON DAVID ARAÚJO LIAL, ANA CLARA ARAUJO CAVALCANTE, THAMIRA MELO DINIZ, MARLON MARCELO MACIEL SOUSA, DJALMA RIBEIRO COSTA