Título

Qualidade de Vida de Pacientes Vivendo com HIV/Aids

Fundamentação/Introdução

Introdução: Com o aumento da expectativa de vida surgem novos desafios para os indivíduos que vivem com HIV/Aids, como a vivência da sexualidade, da maternidade com parceiros discordantes e o fortalecimento da rede social de apoio. O instrumento Word Health Organization Quality of Life (WHOQOL) foi desenvolvido para estabelecer um comparativo de qualidade de vida, analisando a percepção do indivíduo no contexto de sua cultura e sistema de valores, seus objetivos pessoais, padrões e preocupações.

Objetivos

Objetivos: Avaliar a qualidade de vida de pacientes com HIV/Aids atendidos em um centro de referência para tratamento e acompanhamento, em Santa Cruz do Sul/RS.

Delineamento e Métodos

Métodos: Estudo transversal, descritivo, quantitativo, realizado através de entrevista estruturada com 139 pacientes HIV+, entre janeiro e dezembro de 2014, no centro de referência. Utilizou-se o questionário WHOQOL-HIV-Bref, composto pelos domínios físico, psicológico, relações sociais, meio ambiente, nível de independência e espiritualidade. O cálculo dos escores dos domínios e a estatística descritiva foram realizados no Excel.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Resultados: Dos 139 pacientes analisados, 79 (56,83%) são mulheres e 127 (91,36%) tem entre 18 e 59 anos; 93 (66,9%) tem ensino fundamental e 100 (71,94%) não se consideram doentes. O escore médio obtido no domínio geral foi 64,37. Para o domínio físico o escore médio foi 64,36, sendo 63,57 para o psicológico, 62,92 para o meio ambiente e 68,0 para relações sociais. Para o nível de independência o escore médio foi 60,84 e 69,92 para espiritualidade/ crenças pessoais. Escores baixos, que merecem destaque, foram obtidos para dor e desconforto (29,1), sintomas de doença (38,09), sentimentos negativos (39,26), dependência de medicação ou de tratamentos (51,76), perdão e culpa (22,85), preocupações sobre o futuro (37,89) e morte ou morrer (32,42).

Conclusões/Considerações Finais

Conclusões: Percebemos que embora a Aids não tenha cura e seja prevalente na nossa população, e o escore sintomas de doença tenha sido um dos mais baixos, a grande maioria dos entrevistados não se considera doente. Isso reforça a evolução crônica que a doença assumiu nas últimas décadas. Outro escore também baixo é dependência de medicação, que condiz com a grande dificuldade de adesão ao tratamento enfrentada por esta população. Evidenciamos também que conhecer as dimensões mais afetadas da qualidade de vida possibilita o planejamento de ações de promoção da saúde e prevenção de complicações para quem vive com Aids.

Palavras-chave

HIV/ AIDS; Qualidade de vida; WHOQOL

Área

Clínica Médica