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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

Aspergilose hepática: etiologia de dor abdominal

Fundamentação/Introdução

Infecções por Aspergillus sp são importantes causas de morbi-mortalidade, principalmente em imunocomprometidos. As formas extrapulmonares são raras e pouco descritas na literatura.

Objetivos

Relatar caso clínico de aspergilose hepática como etiologia de dor abdominal

Delineamento e Métodos

Revisão de prontuário e entrevista com paciente

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Mulher, 28 anos, com história de diarreia aquosa acompanhada de muco e sangue por 05 dias e febre. Evoluiu com dor abdominal de forte intensidade principalmente em hipocôndrio direito (HCD) e fossa ilíaca direita (FID). Negou queixas urinárias, perda ponderal, uso de drogas ilícitas, exposição sexual de risco e comorbidades. Ao exame, estado geral comprometido, hipocorada, desidratada; abdome flácido, ruído hidroaéreo presente, doloroso à palpação difusamente, principalmente em hcd e fid. Ultrassonografia mostrou fígado de dimensões normais com imagem ovalada de baixa ecogenicidade (2,2 cm) no lobo direito. Parasitológico de fezes apresentou Entameba coli. Tomografia (TC) de abdome total expos fígado com várias imagens nodulares, a maior na topografia do segmento IV, medindo 2,3 x 2,1 x 2,0 cm, sugestiva de implante secundário e processo infeccioso. Realizou tratamento empírico para abscesso amebiano com Metronidazol com melhora do quadro e posterior alta hospitalar. Reinternou 07 meses após primeiro tratamento para investigar novo quadro de perda ponderal de 3 kg em 03 meses e dor abdominal semelhante a anterior. Em nova investigação, TC de abdome evidenciou formação expansiva de contornos lobulados e limites mal definidos no segmento V do fígado, com 4,1 x 3,3 x 2,7 cm, sugestiva de abscesso fúngico, e várias lesões nodulares hipodensas, mal definidas, esparsas no parênquima representando múltiplos abscessos. Sorologias para HIV e hepatites negativas. Realizou biópsia hepática, com laudo de Aspergillus SP. Iniciou tratamento com Anfotericina B durante 07 dias, seguida de Voriconazol 400mg/dia durante 14 dias após regressão de lesões em TC de abdome de controle, e Itraconazol após laudo de biópsia. Foi acompanhada em nosso ambulatório com progressiva melhora clínica.

Conclusões/Considerações Finais

Aspergilose hepática é afecção rara, que deve ser considerada diagnóstico diferencial com abscesso hepático de etiologia bacteriana ou amebiana em pacientes com dor em hipocôndrio direito.

Palavras-chave

Aspergilose; dor abdominal; abscesso hepático

Área

Clínica Médica

Instituições

Santa Casa de Misericórdia de Maceió - Alagoas - Brasil

Autores

Wanessa Guimarães Rodrigues, Lívia Pereira Nunes, Georges Basile Christopoulos, Luciene Duarte Alencar, Claudia Falcão Toledo Albuquerque