Título

Hidrocefalia e complicações da válvula de derivação ventrículo peritoneal em paciente pediátrico.

Fundamentação/Introdução

A hidrocefalia fundamentalmente é a manifestação de algum estado mórbido subjacente, como tumores e infecções. Caracteriza-se por um acúmulo anormal de LCR nos ventrículos tornando-os maiores e como consequência o cérebro é dilatado, comprimindo-se dentro da caixa craniana. A principal escolha terapêutica é a derivação ventrículo peritoneal (DVP). As principais causas de complicações em válvulas de DVP são de origem mecânica e infecciosa.

Objetivos

Relatar e comparar com a literatura as complicações da válvula de DVP em paciente pediátrico com hidrocefalia adquirida.

Delineamento e Métodos

As informações foram obtidas através de um estudo retrospectivo, com análise do prontuário, e entrevista com a acompanhante do paciente.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Paciente LSS, sexo masculino, 12 anos de idade. Responsáveis procuraram ajuda médica por queixa de cefaleia de forte intensidade e rebaixamento do nível de consciência. Durante internação realizou-se exame de imagem que detectou hidrocefalia e uma imagem sugestiva de tumor no mesencéfalo. Não foi realizada a biópsia. Paciente foi encaminhado para colocação de válvula ventrículo peritoneal de drenagem. Após alta hospitalar sofreu trauma que deslocou e obstruiu a válvula apresentando repercussões clinicas com hemorragia intraventricular, edema cerebral e hidrocefalia. Entrou em estado comatoso não responsivo sendo necessário realizar procedimentos como traqueostomia e gastrostomia. Devido a proximidade da válvula de derivação ventrículo peritoneal com a gastrostomia houve contaminação seguida de meningite. Esta foi diagnosticada e tratada durante sua segunda internação. Permanece aguardando cirurgia de nova válvula de derivação ventrículo peritônio.

Conclusões/Considerações Finais

A introdução do uso de drenagens válvulas unidirecionais. Verificou-se diminuição marcante da mortalidade em crianças com hidrocefalia após a introdução dessa modalidade de tratamento. Embora a derivação possa ser feita para o meio externo, para o átrio direito ou através de terceiro ventriculostomia, a variedade mais largamente empregada é a derivação ventrículo-peritoneal (DVP). Observa-se que as complicações mecânicas, sobretudo o mal funcionamento da válvula, e as infecções, são os principais complicadores pós- operatórios.

Palavras-chave

válvula de DVP, hidrocefalia.