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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

Uso de equipamento de proteção individual e formas de exposição a material biológico em profissionais da saúde.

Fundamentação/Introdução

Acidentes com material biológico por objetos perfurocortantes expõem os trabalhadores, principalmente da saúde, a um risco maior em adquirir patologias como Hepatite B e C. O uso correto de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e o descarte adequado de materiais perfurocortantes auxiliam na prevenção de acidentes, assim como a capacitação dos profissionais quanto à importância da biossegurança.

Objetivos

Identificar a utilização e o tipo de EPI utilizados por trabalhadores da saúde e as principais formas de exposição ao material contaminado.

Delineamento e Métodos

Estudo observacional, retrospectivo e descritivo, com abordagem quantitativa dos dados. Os dados foram obtidos pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) no Centro de Referência em saúde do Trabalhador (CEREST) do Amapá. Os dados usados referem-se de 2007 a 2013 e abrangeram as unidades de saúde do estado. Para estratificação e tabulação dos dados utilizou-se planilhas em Microsoft Excel 2010.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

No período observado foram registrados 517 casos de acidente de trabalho com material biológico no Estado do Amapá. Quanto ao uso de EPI no momento do acidente, observa-se que apenas 4,3% (22) dos acidentados portavam proteção facial, enquanto 55,9% (289) não usavam, e em 39,8% (206) não há informação; 32,5% (168) portavam máscara, 37,3% (193) não usavam, e em 30,2% (156) não há informação ; 7,2% (37) portavam óculos, 56,5% (292) não portavam, e em 36,4% (188) não há informação; 20,9% (108) usavam avental, 42,2% (218) não portavam, e em 36,9% (191) não há informação; 67,5% (349) portavam luva, 24% (124) não portavam, e em 8,5% (44) não há informação; 13,5% (70) usavam bota, 48,4% (250) não portavam, e em 38,1% (197) não há informação. Em 80,7% (417) dos casos a exposição foi percutânea, sendo a principal forma de acidente. Outros acidentes foram estratificados de acordo com a integridade da pele e exposição a mucosas. Acidentes em pele íntegra foram 24,17% (125) dos casos, em pele não integra 1,16% (6), e houve exposição a mucosas em 2,70% (14) dos acidentes.

Conclusões/Considerações Finais

Os dados evidenciam necessidade de reforçar a utilização de EPI em cada atividade laboral executada. Demonstrou-se carência de maior divulgação de medidas e protocolos de segurança para que o potencial acidentado previna-se. Mesmo à luz da grande taxa de acidentes com materiais perfurocortantes apenas 67,5% dos acidentados protegia-se com luvas, o mais acessível dos EPIs.

Palavras-chave

Material Biológico, Sistema de Informações de Agravos de Notificação, Sistema Único de Saúde, Roupa de Proteção,Equipamentos de Proteção.

Área

Clínica Médica

Instituições

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ - Amapá - Brasil

Autores

Gilberto Tavares dos Santos Junior, Braulio Erison França dos Santos, Anderson Alan Cambraia Cardoso, Caroline Souza de Almeida, Andressa Duarte dos Santos