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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

Relato de Caso: Mieloma Múltiplo

Fundamentação/Introdução

O Mieloma Múltiplo (MM) é o segundo tumor onco-hematológico mais frequente no mundo, apresenta predileção pelo paciente do sexo masculino, de raça negra e idoso, sendo que menos de 10% acomete pessoas com idade inferior a 50 anos. Causado pela proliferação neoplásica do linfócito B clonal, forma células produtoras de imunoglobulinas monoclonais anômalas (Proteína M), que provocam a hiperviscosidade sanguínea e a aglutinação das hemáceas, além das cadeias leves do componente M que aparecem na urina (proteína de Bence Jones). Como principal complicação hematológica encontra-se a anemia que amplia problemas de coagulação ou de sepse. Outras manifestações frequentes são a osteopenia e a fratura.

Objetivos

Reconhecer precocemente as características do MM.

Delineamento e Métodos

Relato de caso

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Paciente feminina, 73 anos, caucasiana, hipertensa, anêmica, mal estado geral, dispneica apresentou pneumonia ocasionada por Klebsiella pneumoniae, resistente aos carbapnêmicos. Internou encaminhada por outra unidade hospitalar para tratamento especializado de MM. O diagnóstico do plasmocitoma (MM) realizou-se pela biópsia de medula, além de pico monoclonal na eletroforese de proteínas. Exames laboratoriais apresentaram taxas alteradas de hemoglobina: 7,7 g/dl; creatinina: 1,59 mg/dl; fósforo: 7,5 mg/dl; proteína total: 11,3 g/dl, sendo abulmina: 2,1 g/dl e globulinas: 9,2g/dl. Os valores encontrados nesses exames, associados aos sinais radiológicos como fratura patológica e lesões líticas, além da contagem do marcador β 2 microglobulina de 19833 sugeriram o estádio III, pela classificação do Sistema de Durie Salmon, com prognóstico de sobrevida de 18 meses aproximadamente. A paciente não apresentou resposta aos tratamentos instituídos, assim evoluiu à insuficiência renal grau 4, que associada às demais comorbidades cardíacas e pulmonares provocaram o óbito em tempo inferior há 10 dias.

Conclusões/Considerações Finais

Apesar de incurável, faz-se necessário o diagnóstico precoce, como forma de ampliar as possibilidades de tratamento. Torna-se imprescindível a disseminação, entre os clínicos, das principais características do MM: dor nos ossos, lesões líticas em crânio, costela, esterno e ossos longos, cansaço, trombocitopenia e hipercalcemia, responsável por possível falência renal (Nefrocalcemia). Desta forma, a prevenção de complicações e um manejo adequado podem impedir um pior prognóstico, além de influenciar na expectativa e na qualidade de vida do paciente.

Palavras-chave

Área

Clínica Médica

Autores

Tatiana Bueno Toledo, Juliana Tasso Lima, Alysson Rafael Fabris, Gustavo Roberto Simm Dreher