Título

Hipovitaminose D em Idosos em Consultório Geriátrico no Município de Cascavel - PR

Fundamentação/Introdução

O Brasil tem experimentado um aumento na expectativa de vida, bem como dos agravos decorrentes da senescência. Em idosos, a hipovitaminose D pode predispor a osteomalácia, hiperparatireoidismo secundário e osteoporose, condições estas envolvidas na etiologia de quedas e aumento da morbimortalidade. Idosos são mais predispostos a esta deficiência devido as alterações cutâneas, menor exposição solar, diminuição das funções hepática e renal.

Objetivos

Avaliar os índices de hipovitaminose D em idosos em um consultório geriátrico no município de Cascavel - PR.

Delineamento e Métodos

Foi realizado um estudo transversal, retrospectivo, entre janeiro de 2011 a março de 2014. A amostra compreendeu a população de idosos que apresentavam 60 anos ou mais quando realizada a primeira solicitação da dosagem de vitamina D. Após, foram comparados os valores encontrados aos índices encontrados em outras populações, além de uma comparação entre os gêneros. Os valores de referência são ≤ 20 ng/mL (deficiência), entre 21–29 ng/mL (insuficiência) e ≥ 30 ng/mL (normal). Os dados foram analisados por testes estatísticos como o teste de proporções, teste t, teste qui-quadrado.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Foram avaliados 330 pacientes, sendo 218 feminino e 112 masculino. A prevalência de hipovitaminose D foi de 67,58%, sendo que 40,9% apresentaram insuficiência, 26,7% deficiência e 0,3% apresentou hipervitaminose. Quando avaliado por gênero, observamos maior prevalência de hipovitaminose D no feminino (69,3%) em comparação com o masculino (64,3%).
Comparando os resultados aqui descritos com outros estudos mundiais, encontramos que não há diferença estatística significativa nas dosagens da vitamina D entre a nossa população e a média mundial. Para isso utilizamos uma média destes estudos, a qual encontrou um valor de 70% de deficiência. Após, utilizou-se um teste de equivalência estatística para uma amostra, o qual demonstrou um p < 0,001, o que comprova os resultados.

Conclusões/Considerações Finais

Nossa população apresentou alta prevalência de hipovitaminose D (deficiência ou insuficiência) e, devido a grande influência desta vitamina na prevenção de doenças da senescência, concluímos ser importante sua investigação para um bom manejo da saúde do idoso. Mesmo assim, acreditamos serem necessários mais estudos para melhor entendimento desta deficiência. Isto poderá sugerir novas políticas de triagem com o intuito de melhorar os indicadores de saúde pública e os custos envolvidos em decorrência de incapacitações e institucionalizações, sejam no setor público ou privado.

Palavras-chave

Idoso. Hipovitaminose D. Cálcio. Osteoporose.

Área

Clínica Médica