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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

Relato de Caso: Micose Fungóide

Fundamentação/Introdução

A micose fungóide é classificada como neoplasia de células T helper que afeta a pele. É o tipo de linfoma cutâneo primário mais comum, mas raro (0,5 para cada 100 mil pessoas por ano). Predomina em pacientes do sexo masculino entre 55 e 60 anos. É uma doença tipicamente indolente. A manifestação da doença ocorre em três estágios e é de difícil diagnóstico, podendo exigir vários estudos complementares.

Objetivos

Descrever o caso clínico de paciente portador de Micose Fungóide como fonte de informação e conhecimento.

Delineamento e Métodos

Trata-se de uma pesquisa aplicada, qualitativa, descritiva e longitudinal, realizada através da análise do prontuário do paciente.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Paciente masculino, 40 anos, encaminhado à UOPECCAN em Fevereiro de 2014 para acompanhamento de teratoma testicular. Durante o acompanhamento, apresentou máculas planas irregulares com superfície áspera, descamativa e pruriginosa, esparsas pelo abdome e membros superiores e inferiores. Referiu avaliação com dermatologista e tratamento com cetoconazol, sem resposta. Foi submetido à biópsia incisional de lesão em membro inferior esquerdo que avaliou infiltração de linfócitos atípicos, compatível com fase macular de linfoma cutâneo de células T. Na avaliação complementar com biópsia excisional e imunohistoquímica, resultados se mostraram compatíveis com linfoma cutâneo de baixo grau, micose fungóide em fase macular. Foi sugerida revisão de lâmina e nova imunohistoquímica para confirmação do diagnóstico. Revisão de lâmina confirmou o diagnóstico e resultado da imunohistoquímica mostrou expressão de TCD3 atípico com epidermorfismo podendo corresponder à micose fungóide. Realizado estadiamento clínico, o qual evidenciou estadio IIb. Foi administrada corticoterapia por longos períodos sem melhora, sendo encaminhado para avaliação da radioterapia. Devido a grande extensão das lesões houve contra-indicação da radioterapia. Paciente foi encaminhado para oncologia clinica que iniciou tratamento com Imiquimode tópico, porém evoluiu com piora das lesões após 45 dias de tratamento. Substituída terapia por Interferon, a qual se encontra em uso com resposta parcial até esta data.

Conclusões/Considerações Finais

A micose fungóide é uma rara neoplasia de células T helper de difícil diagnóstico, principalmente em estágios iniciais. O tratamento ainda é motivo de discussões, sendo propostos diversos métodos terapêuticos para sua abordagem, sem real consenso sobre a melhor terapêutica a ser utilizada. Interferon é uma das medicações utilizadas neste contexto, com resposta favorável.

Palavras-chave

Linfoma cutâneo, Micose fungóide

Área

Clínica Médica

Autores

Cristianne de Macêdo Corrêa, Karin Fernanda Franck, Isabella Morais Tavares, Ademar Dantas Cunha Junior, Dante Morelli Machado