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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

Embolia Séptica Pulmonar em Paciente Imunossuprimida: Relato de Caso

Fundamentação/Introdução

Embolia séptica pulmonar é um quadro clinico pouco comum, de grande morbimortalidade, de difícil diagnostico, em função do curso clinico insidioso, além da inespecificidade dos sintomas e dos achados radiológicos, que podem mudar de características dia após dia.

Objetivos

Relatar o caso de uma paciente cronicamente imunossuprimida com celulite associada à tromboflebite séptica, relacionada a cuidados de saúde, com complicações pulmonares incomuns e de difícil diagnóstico.

Delineamento e Métodos

Relato de caso de paciente atendida no HSPE. Realizaram-se revisão de prontuário, de exames laboratoriais e radiográficos.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

C.C.A, 80 anos, sexo feminino, com retocolite ulcerativa, em imunossupressão (Azatioprina). Após cinco dias de alta hospitalar, compareceu ao Pronto Socorro com febre associada a edema, eritema, calor e dor em membro superior esquerdo, em local de acesso venoso - diagnóstico de celulite. Iniciado tratamento com Vancomicina. Em hemoculturas, houve crescimento de Staphylococcus aureus Oxacilina-sensível (MSSA), sendo o tratamento descalonado. Foi submetida a ecocardiografia transesofágica, sem evidência de vegetações. A despeito do tratamento, mantinha febre diária, com dispneia progressiva. Radiografia de tórax evidenciou opacidades periféricas e tomografia computadorizada (TC) confirmou nódulos com necrose central. A pesquisa de micobactérias foi negativa. Por fim, a broncoscopia foi normal, descartando sinais de malignidade em análise anatomopatológica. Hemoculturas subsequentes negativas. O tratamento durou seis semanas, com regressão de sintomas e melhora radiológica.

Conclusões/Considerações Finais

A embolia séptica pulmonar (ESP) é uma doença grave e pouco frequente, que se manifesta principalmente com febre, sintomas respiratórios e infiltrados pulmonares, com foco ativo de infecção extrapulmonar. Hemoculturas são positivas enm mais de 90% dos pacientes, sendo MSSA o principal agente (20%). As imunodeficiências podem ser classificada como primárias ou secundárias, esta tendo como causa principal a desnutrição, e em segundo lugar drogas. Deve-se suspeitar de ESP em pacientes com história de uso de drogas intravenosas ou doença de base, se apresentarem febre, dispneia, dor torácica ou hemoptise e exames de imagem sugerirem múltiplos nódulos. TC deve ser realizada para caracterizar a embolia, assim como hemoculturas e ecocardiografia. O padrão de imagem pode se alterar rapidadmente. É um desafio diagnóstico, com alta mortalidade. Deve-se ter alta suspeição para diagnóstico e tratamento precoces

Palavras-chave

Embolia Séptica Pulmonar. Imunodeficiência Secundária. Staphylococcus aureus.

Área

Clínica Médica

Instituições

Hospital do Servidor Público Estadual - São Paulo - Brasil

Autores

Rodolfo Leal, Felipe Scipião Moura, Livia Nascimento de Matos, Fábio Campos Leonel, Leonardo de Oliveira Mendonça