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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

Perfil epidemiológico das gestantes com HIV/SIDA atendidas em Chapecó-SC.

Fundamentação/Introdução

Com a mudança no perfil da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana e pela Síndrome da imuno deficiência adquirida (HIV/SIDA), marcada pela feminização e interiorização, o Brasil instituiu a vigilância epidemiológica da gestante com HIV/SIDA, a qual no ano de 2012 registrou mais de 7000 novos casos.

Objetivos

Identificar o perfil epidemiológico das gestantes com HIV/SIDA e a transmissão vertical (TV) pelo HIV das pacientes atendidas em um Hospital Dia (HD), referência no oeste do estado de Santa Catarina.

Delineamento e Métodos

Estudo epidemiológico, observacional, descritivo do tipo transversal com gestantes vinculadas a um hospital referência em HIV/SIDA relativo ao período de janeiro de 2008 a dezembro de 2012.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Dentre as 88 gestantes estudadas, a média de idade foi de 29 anos (± 5,8); 81,8% de cor branca; 83% procediam da macrorregião oeste de Santa Catarina; 59% apresentavam diagnóstico prévio à gestação; 77,3% eram casadas ou viviam em união estável e, destas, o parceiro era sabidamente infectado em 39,7%; a média entre o diagnóstico da infecção e o início do tratamento foi de três anos; 90,9% não usavam drogas injetáveis; 95, 4% estudaram quatro a oito anos ou mais; 48,8 % trabalhavam e 51,1% recebiam de um a três salários mínimos; 37,5% dessas gestantes tinham em média dois filhos. Em relação ao tipo de parto 84,1% foram submetidas a parto cesáreo. Observou-se que a carga viral indetectável nas gestantes foi evidenciada quando o tempo entre o diagnóstico e início do tratamento foi menor (p=0,002); 65 recém-nascidos (73,9 %) foram acompanhados por um ano e seis meses, e dois (3%) apresentaram TV.

Conclusões/Considerações Finais

O perfil epidemiológico das gestantes com HIV/SIDA na região do estudo foi de mulheres jovens, de cor branca, expostas predominantemente por via sexual, com poucos anos de estudos, porém com formação maior que a média nacional. Alta taxa de desemprego e baixa renda, apesar do salário das gestantes ser superior aos estudos em comparação. A TV ocorreu nas gestantes com alta carga viral e baixo número de células T CD4. Houve 26,1% das puérperas que não fizeram o acompanhamento de seus filhos no HD e não foi possível determinar o estado sorológico dessas crianças. É fundamental que as redes de assistência estejam melhor organizadas para evitar a perda de seguimento ou de demora na tomada de decisão quanto à terapêutica ou profilaxia da prevenção da infecção vertical.

Palavras-chave

Epidemiologia; HIV/SIDA; Gestação.

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Comunitária da Região de Chapecó - Santa Catarina - Brasil

Autores

Eduardo Favaretto, João Felipe Balena, Adriana Wagner, Maria Assunta Busato