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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

Flare de Hepatite B após quimioterapia em paciente com leucemia linfocítica crônica

Fundamentação/Introdução

O Flare de Hepatite B (FHB) é definido como um evento com aumento abrupto dos níveis de aminotransferase de alanina (ALT) superior a 5x o limite normal em casos de hepatite B crônica. Pode ocorrer de maneira espontânea, em casos de resistência a terapia antiviral, em imunossuprimidos ou em pacientes em tratamento quimioterápico. O espectro clinico do FHB varia de assintomático até quadros sintomáticos. As 3 fases de um quadro típico de FHB, que podem ou não ocorrer, são: aumento na replicação viral, aparecimento de lesão hepática e resolução. Portanto, todos os candidatos a quimioterapia (QT) e a terapêutica imunossupressora devem rastrear o AgHBs e o anti-HBc antes do início do tratamento , e se estes forem positivos, realizar tratamento profilático com antiviral

Objetivos

descrever caso com manifestações clínicas, achados laboratoriais compatíveis com FHB após QT em paciente com leucemia linfocítica crônica.

Delineamento e Métodos

descrição de caso clínico.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Paciente do sexo masculino, cor branca, após histórico de fadiga por um ano, foi diagnosticado com leucemia linfocítica crônica. Foi submetido a 10 sessões de QT com CVP e 3 sessões com Doxerrubicina , sem apresentar resposta. No dia 02/02/15, após décima sessão de CVP paciente referiu colúria e inapetência. No dia 17/02 notou icterícia ocular. Foi internado no dia 20/02. Foram coletados liquor, sangue e urina para exames complementares. Foi diagnosticado com FHB com sorologia IgG+ para hepatite A, citomegalovírus, epstein barr vírus e HBSAg+, antiHBc+, antiHBe+ para hepatite B. No dia 27/02 iniciou tratamento com Entecavir. Alterações do exame físico foram pele e esclera ocular levemente ictéricos e nódulos profundos na região cervical posterior. Exames laboratoriais iniciais mostraram aminotransferase de aspartato (AST): 1.470 U/L, ALT: 2.760 U/L, bilirrubina total: 5.94 (BD: 4.37 e BI: 1.57), gama-GT: 384 U/L. Nos próximos dias houve redução progressiva desses valores, atingindo AST: 89 U/L; ALT: 280 U/L, bilirrubina total: 4.53 (BD: 2,85 e BI: 1,68) nos último exames colhidos. PCR DNA HBV de carga viral 34.412 V/nl log4,54.

Conclusões/Considerações Finais

A não realização do screening no caso relatado acima levou a ocorrência do FHB sintomático colocando o paciente em risco de injúria hepática e morte. Esse caso demonstra a importância clínica do rastreio antes da quimioterapia e a necessidade da terapia com antiviral para prevenção da reativação da Hepatite B em casos HBSAg positivos. Os casos graves podem ser fatais, portanto a profilaxia é recomendada.

Palavras-chave

Flare de hepatite B, quimioterapia, Hepatite B.

Área

Clínica Médica

Autores