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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

FATORES ASSOCIADOS A NEFROPATIA DIABÉTICA EM PACIENTES DE UM MUNICÍPIO RURAL DE SANTA CATARINA

Fundamentação/Introdução

A nefropatia diabética ocorre em até 40% dos indivíduos com diabetes mellitus (DM) tipo 1 e, em 10% a 40% daqueles com tipo 2. Representa a principal complicação microvascular do diabetes, e a maior causadora de insuficiência renal em todo o mundo. Desta forma, o cálculo da taxa de filtração glomerular (TFG) é fundamental para a avaliação da função renal destes pacientes.

Objetivos

Verificar a presença de nefropatia diabética no município de Água Doce, região meio-oeste de Santa Catarina. Ainda, correlacionar fatores como sexo, faixa etária, IMC, uso de insulina, risco cardiovascular e hemoglobina A1c (%) no desenvolvimento da nefropatia.

Delineamento e Métodos

Estudo transversal de base populacional no qual considerou-se 5% para erro amostral e perdas. Foram consideradas variáveis independentes: sexo (M/F); idade; IMC (abaixo do peso, peso ideal, sobrepeso, obesidade leve, moderada e mórbida); uso de insulina; níveis de hemoglobina glicosilada (Hb A1c), e risco cardiovascular (Framingham). Como variável dependente: estágios da Doença Renal, através de estimativa da TFG (estágio 1 TFG ≥ 90 ; 2 TFG entre 60 - 89; 3A TFG entre 45 – 59 e 3B entre 30 – 44; 4 TFG entre 15 – 29 ; 5 < 15. Foram consideradas Doença Renal Oculta estágios 1 e 2 sem proteinúria, e os demais considerados como Doença Renal Crônica. Coletaram-se dados entre julho de 2014 a julho de 2015. A medida de associação foi OR, com IC de 95%. Para comparar variáveis categóricas, foi utilizado qui-quadrado. A significância foi de 5%.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Foram selecionados 116 pacientes. Em 73,27% (n= 85), foi possível estimar a TFG através de exame de creatinina recente no prontuário. Mulheres (55,29% da amostra) apresentaram um risco significativamente maior para desenvolver o estágio 3B da Doença Renal Crônica. Quanto à faixa etária, entre 70-79 anos houve maior risco para o estágio 3A e com mais de 80 anos houve risco aumentado para o estágio 3B. Quanto ao IMC , ocorreu associação significativa para baixo peso e o estágio 4. Pacientes com risco cardiovascular moderado (entre 10% a 20%) tinham maior risco para estágio 3A. Não houve associação entre o uso de insulina e o desenvolvimento da patologia.

Conclusões/Considerações Finais

Observou-se um maior risco em mulheres, idade superior aos 70 anos, baixo peso e risco cardiovascular moderado. Considerando o impacto da nefropatia na vida dos pacientes, a identificação de fatores associados a ela permite um manejo mais apropriado nos grupos vulneráveis e planejamento de ações que visem à promoção de saúde destes doentes.

Palavras-chave

Nefropatia, Diabetes Mellitus, TFG

Área

Clínica Médica

Autores

Isadora Proner Martins, Denis Conci Braga, Silvia Monica Bortolini