Título

Avaliação de alterações oxidativas em idosos atendidos no Centro de Saúde da Universidade do Estado do Pará

Fundamentação/Introdução

A "Teoria do envelhecimento pelos radicais livres", sugere que o acúmulo desses radicais é uma das causas do declínio das funções biológicas relacionado à idade (senilidade).

Objetivos

Avaliar alterações oxidativas em sujeitos idosos normais e sua correlação com estresse oxidativo no envelhecimento.

Delineamento e Métodos

Estudo transversal com 36 idosos (idade superior a 60 anos), sem demência e/ou doença clínica ou metabólica que pudesse interferir na avaliação de alterações oxidativas, atendidos no ambulatório do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da UEPA. Todos os pacientes foram submetidos à avaliação clínica, exames laboratoriais e avaliação da peroxidação lipídica através da determinação das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e da capacidade antioxidante total através da determinação da capacidade antioxidante total equivalente ao trolox (TEAC). Destes, 36 idosos, 06 foram excluídos por apresentarem quadro de diabetes mellitus. O diabetes mellitus e o uso de drogas hipoglicemiantes são condições que podem mascarar os resultados em termos de estresse oxidativo, por este motivo, os pacientes com diabetes foram excluídos. Análise estatística foi realizada pelo Teste de correlação de Pearson.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Foram avaliados 30 pacientes idosos com a idade média 78 anos ±9,2, sendo 22 (73.3%) do sexo feminino (idade média 78,1 anos ±9,2) e 8 (26.6%) do sexo masculino (idade média 77,6 anos ±9,6). Não houve correlação estatisticamente significativa ao se realizar a correlação entre o TEAC e a idade (r= 0.2626; p=0.17). Porém ao realizar a correlação de peroxidação lipídica através da determinação das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e a idade houve diferença estatisticamente significativa (r=0.5839; p=0.0011). Ao correlacionar TEAC e TBARS nesses pacientes foram observados que não houve correlação significativa com p=0.4158.

Conclusões/Considerações Finais

Observou-se que a capacidade antioxidante apesar da correlação positiva com a idade não apresentou dados significativos. Quanto à peroxidação lipídica se observa que há um aumento proporcional com a idade. Com esses dados, sugere-se que pode haver a presença de estresse oxidativo nesses pacientes, pois ao se correlacionar o agente oxidante com os antioxidantes não houve aumento proporcional dessas duas substâncias na tentativa de equilibrar/ neutralizar os seus efeitos, sugerindo um desequilíbrio na produção desses agentes com predomínio de agentes oxidantes como o TBARS.

Palavras-chave

envelhecimento; estresse oxidativo; idosos

Área

Clínica Médica