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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

Quedas em idosos: um estudo de base populacional no Sul do Brasil

Fundamentação/Introdução

Introdução: Quedas em idosos são preocupantes devido as sequelas físicas, perda de autonomia e custos para o Sistema de Saúde Pública, principalmente se houver fraturas e necessidade de hospitalização. Percebe-se que a maior parte da literatura sobre o assunto baseou-se em estudos na população urbana de grandes cidades.

Objetivos

Objetivos: Avaliar a prevalência de quedas em idosos e possíveis fatores associados na população idosa urbana e rural do município de Arroio Trinta-SC.

Delineamento e Métodos

Métodos: Estudo transversal de base populacional realizada em município de pequeno porte (3.500 habitantes) feito pela aplicação de questionário domiciliar a todos os idosos com 60 anos ou mais ali residentes. Os questionários foram codificados, duplamente digitados e comparados. Realizou-se análise bivariada buscando medir o nível de associação entre as variáveis independentes com o desfecho (presença de quedas). Para a comparação entre proporções foi utilizado o teste do qui-quadrado.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Resultados: Foram identificados 568 idosos, desses 552 participaram do estudo. Observou-se que 2/3 moravam na área urbana, a maior parte dos entrevistados (59,1%) tinha entre 60 e 69 anos, sendo 54,5% do sexo feminino e mais de 90% da amostra relatou cor de pele branca. Grande parte dos idosos (71,7%) era casada, cerca de 40% tinham 4 anos completos de escolaridade e aproximadamente 40% possuíam renda familiar entre 2 e 2.9 salários mínimos. Dos entrevistados, 8,3% eram tabagistas e 71% nunca usam bebida alcoólica. Dos respondentes, 28,4% haviam praticado alguma forma de atividade física nos 7 dias anteriores a entrevista e o uso de medicamento diário e o uso de óculos/lentes foi relatado por 78,3% e 72 %, respectivamente. O Índice de Massa Corporal ≥ 27 foi observado em 27,3% dos idosos. A prevalência de quedas foi de 28,3%, sendo que, a prevalência de três ou mais quedas (38,5%) foi ligeiramente superior a de uma única (35,9%), e o próprio lar (49,3%) o local de maior ocorrência. Em 13,5% das quedas ocorreram fraturas. O aumento da idade mostrou-se associada como fator de risco (p=0,04).

Conclusões/Considerações Finais

Conclusões: A prevalência encontrada, mesmo dentro dos padrões de estudos brasileiros, é elevada considerando que se trata de um desfecho evitável. A idade avançada foi a única variável associada ao desfecho nesse estudo. As quedas em idosos são multifatoriais e de complexa análise, portanto são necessários mais estudos para se definir os fatores associados, bem como, comparar as diferentes realidades brasileiras.

Palavras-chave

Idosos, Acidentes por Quedas, Estudo transversal, Fatores de risco.

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Federal de Pelotas - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Inês Gullich, Juraci Almeida Cesar, Davi Dorval Pereira Cordova