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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

Relato de caso: artrite meningocócica primária sem meningococcemia

Fundamentação/Introdução

A meningite e a meningococcemia são quadros clínicos graves, muito conhecidos e discutidos pela literatura, assim como seu acometimento articular, que pode ocorrer em 4-50% dos casos(1;2) , entretanto, a artrite primária causada pelo meningococo sem meningoccicemia é rara e com evolução frequentemente benigna (5).

Objetivos

O presente trabalho tem por objetivo realizar um relato de caso de uma paciente de 53 anos com quadro de artrite meningocócica sem meningococcemia.

Delineamento e Métodos

Observação e descrição de caso

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Paciente 53 anos, sexo feminino, branca, hipertensa há 23 anos e com depressão, iniciou quadro há 10 dias de odinofagia, tratada com antiinflamatório não hormonal (diclonefaco), com melhorada dos sintomas. Apresentava há 7 dias artrite de tornozelo esquerdo que evoluiu com poliartrite aditiva de grandes articulações acometendo tornozelo direito, joelhos, punhos e cotovelos, associado a rigidez matinal, lesões papulares, eritematosas, planas, indolores que não desapareciam à digitopressão e dois episódios de febre não aferida. Sem qualquer outra queixa.
Ao exame físico de entrada em nosso serviço apresentava-se estável hemodinamicamente, afebril, com artrite de tornozelos e punho esquerdo, sufusões hemorrágicas com predomínio de membros inferiores, mas presentes em abdômen e membros superiores e sem qualquer alteração nos demais aparelhos, inclusive neurológico.
Optado por hospitalização para investigação, foi medicada com sintomáticos e prednisona 20 mg/dia, com boa resposta inicial. Em exames complementares apresentava leucocitose com elevação de provas de atividade de inflamatória. No terceiro dia de internação apresentou hemocultura positiva em duas amostras para Neisseria meningitidis, soro grupo C.
Realizado tratamento com ceftriaxone 2g endovenoso de doze em doze horas e otimizada dose de prednisona para 60mg/dia por 14 dias, apesar do líquido cefalorraquidiano sem evidência de infecção do SNC.
Recebeu alta assintomática, sem nunca apresentar sinais de alteração hemodinâmica ou neurológica.

Conclusões/Considerações Finais

A artrite séptica é uma emergência clínica que deve ser prontamente reconhecida e tratada. A artrite meningococica primária é uma patologia rara, com poucos casos descritos na literatura em que a hemocultura e cultura do líquido sinovial de são de fundamental importância para o diagnóstico, com evolução benigna.

Palavras-chave

artrite meningococcica primaria, artrite septica,Neisseria meningitidis

Área

Clínica Médica

Instituições

Faculdade de Medicina de Jundiaí - São Paulo - Brasil

Autores

Louise Almeida Ferreira Fonseca, Vanessa Marasca, Mariane Jodar Cavalheiro, José Celso Sarinho, Ivan Aprahamiana