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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇÃO DO IMPACTO DA ARTRITE REUMATOIDE SOBRE A QUALIDADE DE VIDA E CAPACIDADE FUNCIONAL EM ADULTOS ATENDIDOS EM NÍVEL AMBULATORORIAL

Fundamentação/Introdução

A artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune inflamatória, crônica e sistêmica, que afeta principalmente as articulações sinoviais de forma simétrica. Com a progressão da doença, os pacientes são acometidos com perda da função e limitação nas suas tarefas diárias, sendo que mais de 50% tornam-se incapacitados para o trabalho durante os 10 primeiros anos a partir do início da doença.

Objetivos

Caracterizar os pacientes portadores de AR atendidos em nível ambulatorial quanto à capacidade funcional e qualidade de vida.

Delineamento e Métodos

Foi realizado um estudo observacional descritivo transversal em dois ambulatórios médicos de especialidade (AMEs) vínculos à Estratégia Saúde da Família de Tubarão, SC. A população foi composta por pacientes com AR que realizaram consulta nos AMEs entre 2007 e 2014. Inicialmente, 31 pacientes foram selecionados. Destes, foram excluídos 13 por não consultarem há mais de 12 meses e 3 por não possuírem diagnóstico confirmado no prontuário. Para avaliar a capacidade funcional, foi utilizado o Questionário de Avaliação de Saúde (HAQ), que é composto pelo índice de incapacidade (HAQ-DI), uma Escala Visual Analógica de Dor (EVA-D) e uma EVA do Estado Geral (EVA-G), que resultam em um escore de 0 a 3. Para avaliar a qualidade de vida, foi utilizado o Medical Outcomes Study Short Form 12 Health Survey version 2.0 (SF-12v2), que proporciona pontuações do sumário do componente físico (PCS) e mental (MCS). As variáveis do SF-12v2 são padronizadas junto aos valores das normas da população, sendo que 50 (DP=10) é a média da população geral

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Os questionários foram aplicados em 15 pacientes portadores de AR (13 do gênero feminino e 2 do gênero masculino). Os participantes deste estudo apresentaram média de idade de 56,40 ± 12,41 anos, com amplitude de 20 a 70 anos. A média do HAQ-DI foi de 1,45 (DP=0,87), a do EVA-D foi de 1,93 (DP=1,11) e a do EVA-G foi de 1,56 (DP=1,12). A média do MCS foi de 47,34 (DP=13,84), já a do PCS foi de 29,77 (DP=11,47). Houve correlação significativa entre o HAQ-DI (Rho=-0,794; p≤ 0,01), EVA-D (Rho=-0,926; ≤ 0,01) e EVA-G (Rho=-0,640; p ≤ 0,05) com o componente físico (PCS) da qualidade de vida relacionada à saúde.

Conclusões/Considerações Finais

Os resultados demonstram que existe uma deterioração na capacidade funcional dos pacientes em questão, assim como na qualidade de vida, principalmente no bem-estar físico. Ainda, quanto maior o sintoma de dor (EVA-D) e o grau de deficiência (HAQ-DI), pior o componente físico (PCS).

Palavras-chave

Artrite Reumatoide. Qualidade de Vida. Incapacidade Funcional.

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade do Sul de Santa Catarina - Santa Catarina - Brasil

Autores

Gustavo Paes Silvano, Marcos de Oliveira Machado, Franciele Cascaes da Silva, Aloir Neri de Oliveira Júnior, Vinícius Olivera Nitz