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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

Relato de caso: Pneumonia eosinofílica aguda

Fundamentação/Introdução

Fundamentação/Introdução: a pneumonia eosinofílica aguda (PEA) caracteriza-se por infiltração de eosinófilos no parênquima pulmonar. É uma rara entidade, de etiologia não totalmente conhecida, cuja evolução para insuficiência respiratória aguda (IRA) é frequente. Possui diagnóstico histopatológico e boa resposta à corticoterapia.

Objetivos

Objetivo: Relatar o caso de PEA em paciente que procurou atendimento por IRA.

Delineamento e Métodos

Metodologia: Relato de caso.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Relato de caso: Paciente masculino, branco, 57 anos, admitido em pronto atendimento médico devido à febre e dispneia objetiva, sem outras queixas. Há 5 dias iniciou tratamento com antimicrobiano (Levofloxacino), após consulta médica ambulatorial. Há 30 dias da admissão apresentou rash cutâneo e episódios febris associados à epigastralgia e perda ponderal discreta. Referia história prévia de endocardite infecciosa há 7 anos quando necessitou troca valvar. Faz uso contínuo de marevam 5mg; sinvastatina 20mg; losartan 50mg e omeprazol 20mg.
Ao exame físico apresentava-se em regular estado geral, lúcido e orientado, taquidispneico, taquicárdico; ausculta cardíaca com ritmo regular e presença de extrassístoles isoladas, freqüência cardíaca de 100 batimentos por minuto; ausculta pulmonar com sibilos expiratórios bilaterais, freqüência respiratória de 34 movimentos respiratórios por minuto e saturação de O2 de 84% em ar ambiente; membros inferiores com edema distal de 1+/4+. Exames laboratoriais evidenciavam hipoxemia e alcalose respiratória, presença de eosinofilia periférica e radiografia de tórax com opacidade pulmonar difusa.
Optado por internação hospitalar, coletado exames culturais, ampliado espectro antimicrobiano e solicitado tomografia de tórax, a qual evidenciou opacidade pulmonar difusa, derrame pleural bilateral e lesão alveolar extensa, principalmente em lobos superior. Foi suspenso o antimicrobiano e iniciado corticoterapia pela possibilidade de pneumonia por hipersensibilidade, ou PEA. Solicitado broncoscopia com biopsia transbrônquica e lavado broncoalveolar (LBA). O LBA confirmou a presença de 20% de eosinófilos. Após uma semana de tratamento com corticoterapia, apresentou evidente melhora clínica e radiológica. Houve a confirmação histopatológica de pneumonia eosinofílica através de biópsia transbrônquica.

Conclusões/Considerações Finais

Conclusão: Apesar de infrequente na prática clínica, a PEA deve estar presente na gama de diagnósticos diferenciais das causas de IRA, já que possui um bom prognóstico em vista de sua boa resposta à corticoterapia.

Palavras-chave

Pneumonia, eosinofilia, eosinofilia pulmonar, pneumonia intersticial, pneumopatia.

Área

Clínica Médica

Autores

Gabrielli Zanotto de Oliveira , Luis Gustavo Pinto, Renata Cristina Teixeira Pinto Viana, Daniel Oséias Sezerino