Título

PREVALÊNCIA DE MIGRÂNEA EM UM SERVIÇO DE URGÊNCIA PEDIÁTRICA NA CIDADE DE PATO BRANCO-PR.

Fundamentação/Introdução

A migrânea é o tipo de cefaleia primária mais comum que leva à procura por atendimento médico na infância, além de ser responsável por um considerável impacto social na vida da criança.

Objetivos

Verificar a prevalência de migrânea nos casos de cefaleia no serviço de urgência pediátrica na cidade de Pato Branco –PR, identificar o gênero e a faixa etária mais prevalentes, conhecer a conduta médica referente à prescrição medicamentosa, encaminhamentos e exames solicitados nos casos de migrânea, identificar a influência da migrânea nas atividades diárias da criança.

Delineamento e Métodos

Estudo quantitativo descritivo do tipo transversal, com amostra aleatória estratificada de 281 crianças com idades entre 2 e 10 anos incompletos as quais foram divididas em pré-escolar e escolares, foram considerados pré-escolares crianças com idades entre 2 aos 5 anos e escolares 6 aos 10 anos incompletos. Foram analisados os prontuários das crianças que buscaram atendimento com queixa principal de cefaleia no período entre outubro de 2014 a maio de 2015.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Das 281 crianças que procuraram o serviço com queixa principal de cefaleia, 13,2% corresponderam a migrânea, o gênero mais prevalente foi o masculino (75,67%) e a faixa etária predominante foi a pré-escolar (54,05%) sendo que houve maior prevalência entre crianças com 4 anos de idade (60%). Dos pacientes migranosos 86,48% tiveram prescrição médica, a dipirona sódica foi a droga de escolha com 40,87%, seguida do paracetamol (27,02%), 89,18% das crianças foram encaminhadas para alguma especialidade, sendo que 100% dessas foram referenciadas ao neurologista. Quanto aos exames solicitados, 21,62% dos pacientes realizaram um ou mais exames, a tomografia computadorizada de crânio foi requerida em 18,91% dos casos e a radiografia de crânio e seios da face em apenas 1 caso. Observou-se que 48,64% das crianças tiveram comprometimento nas atividades diárias (p=0,000), 27,02% deixaram de brincar no período da crise, 18,91% deixaram de se alimentar como de costume e ficaram mais quietas que o habitual e 13,51% deixaram de ir à escola.

Conclusões/Considerações Finais

A cefaleia é um sintoma prevalente e causa importante repercussão na vida social da criança contudo não há um consenso para o manejo adequado desses indivíduos nas unidades de urgência.

Palavras-chave

Migrânea, Pediatria, Urgência.