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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

Insuficiência Renal Aguda pós Imunoglobulina Humana Endovenosa em paciente com Síndrome de Guillain-Barre: um novo caso em sua raridade de exemplares

Fundamentação/Introdução

A Insuficiência Renal Aguda (IRA) após administração de Imunoglobulina Humana Endovenosa (IGEV) é rara, com cerca de 150 casos descritos na literatura. A maioria está associada ao excipiente utilizado, em especial à sacarose, e à velocidade de infusão, com disfunção tubular. Durante internação hospitalar em enfermaria de clínica médica, paciente foi diagnosticado com síndrome de Guillain-Barre com indicação de imunoterapia, evoluindo com injúria renal após tal tratamento.

Objetivos

Relatar um novo caso de IRA após infusão de IGEV, podendo ser útil na compreensão de mecanismos envolvidos e seu desfecho.

Delineamento e Métodos

Foi realizado relato de caso, com revisão da literatura.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Paciente admitido para investigação de poliradiculoneuropatia com diagnóstico de Guillain-Barre, segundo critérios de Brighton. Evoluiu com elevação das escórias renais, atingindo valores dez vezes acima dos admissionais no quarto dia após término da infusão de IGEV (Flebogamma®, Grifols), que ocorreu por cinco dias consecutivos, na dose de 0,4g/Kg/dia. Em revisão sistemática de prontuário não foi encontrada outra causa aparente para tal disfunção. O excipiente da IGEV administrada era sorbitol, com poucas descrições de efeitos adversos. Avaliado pela nefrologia que manteve conduta conservadora, com posterior recuperação da função renal, retornando a níveis basais, sem necessidade de terapia de substituição renal, sendo compatível com o observado nos demais casos descritos na literatura.

Conclusões/Considerações Finais

A ocorrência de IRA em condições onde é utilizada IGEV é certamente muito baixa. A incidência de efeitos adversos gerais varia de 5 a 15%, sendo a disfunção renal um dos menos observados, sem números conhecidos até o momento. Acredita-se que o responsável por tal injúria seja seu excipiente, em especial, a sacarose. É um tema de relevância para relato uma vez que a IGEV é utilizada em uma série de situações e especialidades médicas, com mecanismos responsáveis pela IRA, após sua administração, ainda pouco esclarecidos. Com esta e futuras notificações acreditamos que será possível a formação de um corpo de evidência científica maior e mais completo, com melhor compreensão e manejo desses casos.

Palavras-chave

Insuficiência renal aguda; Imunoglobulina Humana endovenosa; Síndrome de Guillain-Barre.

Área

Clínica Médica

Instituições

Complexo Hospitalar Ouro Verde - São Paulo - Brasil

Autores

Bruna Cristina Marabita Tavares de Oliveira, Maria Isabel Nunes Rêgo, Fabiula Carvalho Corrêa, Felipe Henrique Leal Silva