Imunização contra o papiloma vírus humano (HPV): nível de conhecimento de adolescentes da cidade de Itajaí-SC.
As vacinas profiláticas contra o HPV (vírus papiloma humano) são um dos principais fatores de proteção contra o desenvolvimento do câncer do colo de útero e doenças associadas ao HPV. A adolescência é a etapa de maior risco para infecção viral, sendo que a vacinação deve ser, preferencialmente, realizada antes do início da vida sexual.
Determinar o nível de esclarecimento dos adolescentes sobre as vacinas contra o HPV e promover informações referentes à imunização contra o vírus.
Estudo transversal unicêntrico, feito com 390 escolares (idades entre 12 e 17 anos), do Colégio de Aplicação da UNIVALI (Universidade do Vale do Itajaí), em Itajaí-SC. Coleta de dados com questionário composto por perguntas objetivas, avaliando o nível de conhecimento sobre as vacinas contra o HPV, com perguntas como: “Você já ouviu falar sobre a vacina contra o HPV?”, “Quem pode ser vacinado (homens, mulheres ou ambos)?”, “Você é vacinado?”. Além da análise descritiva, o teste qui-quadrado (X²) foi utilizado para estabelecer homogeneidade das proporções e o nível de significância estabelecido foi de p<0,05. Foram feitas palestras informativas aos adolescentes após a análise dos dados.
Dos 390 participantes, 202 eram masculinos e 188 femininos (idade média de 14,4 anos). 86,9% referiram já ter ouvido falar sobre a vacina, ressaltando-se que a frequência de indivíduos masculinos que afirmaram que nunca ouviram falar sobre a vacina foi superior que a de femininos (p<0,05). Somente 39,2% respondeu corretamente que ambos os sexos podem ser vacinados, enquanto 57,4% afirmaram que apenas as mulheres poderiam ser. Do total, 25,3% já foram vacinados, sendo 10 do sexo masculino e 89 do feminino. Assim, das 188 participantes femininas, 47,3% realizaram a vacina. A escola e a mídia foram citadas como as principais fontes de informação sobre a vacina por 34,8% e 22,3% dos participantes, respectivamente. Além disso, o sexo feminino apontou o médico como fonte de informação com mais frequência que o masculino (p<0,05).
É necessário que os jovens sejam informados que ambos os sexos podem ser vacinados, visto que somente a minoria dos indivíduos masculinos realizou a vacina. Já, aproximadamente metade das participantes femininas, estão vacinadas. Os indivíduos masculinos apresentaram um nível de conhecimento inferior ao feminino em relação às vacinas. Além disso, a informação através de médicos foi citada principalmente pelo sexo feminino.
papillomaviridae, vacinação, prevenção de doenças transmissíveis
Clínica Médica
Luiza Soster Lizott, Henrique Almeida Friedrich, Jonatan Francisco Alves, Tamires Farina Menegat, Maria Regina Orofino Kreuger