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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

Diagnóstico precoce da doença renal crônica nas unidades básicas do Programa de Estratégia Saúde da Família

Fundamentação/Introdução

A assistência prévia ao início da terapia renal substitutiva (TRS) tem grande impacto na morbimortalidade dos pacientes com doença renal crônica (DRC).

Objetivos

Avaliar a assistência primária e terciária (consulta com nefrologista) recebida por pessoas com DRC durante os cinco anos anteriores ao início da TRS.

Delineamento e Métodos

A amostra foi formada pelos sujeitos com DRC que iniciaram TRS na modalidade de hemodiálise, entre julho de 2012 e junho de 2013, nas duas unidades de diálise que são referência para TRS na região norte do Ceará. A coleta de dados ocorreu nas unidades de diálise e nas unidades básicas do Programa de Estratégia Saúde da Família (ESF) dos municípios de origem dos sujeitos. Foram coletados os seguintes dados nas unidades básicas do Programa de ESF: número de consultas, presença de avaliação da função renal pela dosagem da creatinina, encaminhamentos para consulta com nefrologista e tempo entre última consulta e início de TRS; e nas unidades de TRS: consultas efetivadas com nefrologista e tempo entre última consulta e início de TRS.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

A amostra foi formada por 35 participantes, sendo 19 (54,3%) mulheres e 16 (45,7%) homens, com idade média de 58,8 ± 17,7 anos. Do total da amostra, 22 (62,8%) foram consultados na ESF antes do início da TRS. Desses 22, apenas seis (22,3%) tiveram a função renal avaliada pela dosagem de creatinina e 4 (18,1%) se consultaram com nefrologista (assistência terciária). O intervalo entre primeira consulta e início da TRS foi de 2,5 dias (mediana) e 273,5 (mediana) na ESF e com nefrologista, respectivamente. O intervalo de 2,5 dias indicou claramente início de urgência da TRS.

Conclusões/Considerações Finais

Conclui-se que a DRC não é rastreada na maioria dos pacientes atendidos na ESF; poucos pacientes com DRC são atendidos por nefrologista antes do início da TRS; a consulta com nefrologista parece postergar o início da TRS. Os resultados indicam necessidade urgente de um programa que promova rastreamento rotineiro da DRC na assistência primária e possibilite um sistema de interação do Programa de ESF com a assistência terciária (nefrologistas das unidades de TRS).

Palavras-chave

Doença Renal Crônica;
Diagnóstico precoce;
ESF;

Área

Clínica Médica

Instituições

Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, campus de Sobral - Ceará - Brasil, Programa de Pós-Graduação em Saúde da Família, Universidade Federal do Ceará, campus de Sobral - Ceará - Brasil

Autores

João Laerte Alves de Freitas Filho, Paulo Roberto Santos, Paulo Henrique Alexandre de Paula, Priscila Garcia Câmara Cabral Tavares, Ana Cláudia de Oliveira Portela