Hábitos alimentares de adolescentes e sua relação com os antecedentes familiares de hipertensão e diabetes, em uma instituição de ensino no interior da Amazônia Brasileira
O aparecimento de obesidade na infância e adolescência é fator de risco importante para o desenvolvimento de doenças crônicas na vida adulta, como doenças cardiovasculares e diabetes mellitus tipo 2. No entanto, já é possível observar prejuízos a curto prazo em adolescentes com excesso de peso, entre eles as dislipidemias, hipertensão arterial, modificações no metabolismo dos carboidratos, problemas osteoarticulares e prejuízos psicossociais decorrentes da forma que o obeso é visto na sociedade.
Correlacionar índices alimentares (Índice de Massa Corporal-IMC, Prática Alimentar balanceada e Prática de Atividade Física) com a ocorrência de possíveis complicações na saúde dos estudantes, como hipertensão arterial e diabetes.
Estudo prospectivo, qualitativo, observacional e de levantamento, com 118 adolescentes, na faixa etária de 13 a 19 anos, em uma instituição de ensino privada. Para a avaliação, empregou-se um questionário de análise nutricional, além da aferição das medidas antropométricas, seguindo as normas para aferição de cada parâmetro.
A pesquisa revelou que 86,3% da amostra, possui o IMC, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), adequado para sua idade, seguido por 8,5% com sobrepeso, 3,4% com obesidade e 1,7% com desnutrição, apesar desses dados promissores, a percepção do adolescente sobre a alimentação no seu âmbito familiar, 58,5% dos adolescentes avaliam-na como não saudável e um quarto deles não realiza nenhum tipo de atividade física. Com relação a antecedentes familiares, 56,8% dos jovens afirmam não ter parentes obesos; 70,3% afirmam ter um membro da família hipertenso; e 66,9% afirmam ter parentes diabéticos.
Com essa pesquisa observou-se que a prática alimentar saudável não é prevalente no grupo do estudado, já os antecedentes familiares para hipertensão e diabetes são prevalentes e essas patologias possuem como fator de risco ausência ou pouca atividade física e hábito alimentar não balanceado. Assim, os autores propõem que com os dados levantados realizem-se medidas de promoção a saúde, sobretudo incentivo a hábitos físicos e alimentares saudáveis, dessa forma será dado o primeiro passo para diminuir a incidência e a prevalência no futuro de hipertensão e diabetes, através da conscientização e medidas preventivas.
Adolescentes; Alimentação; Diabetes; Hipertensão
Clínica Médica
IASMIN MARIA OLIVEIRA CASTRO, VICTOR LIMA SANCHES, ISABELA DOS SANTOS ALVES, FÁBIO HENRIQUE DOLZANY ROSALES, VICTORIA RODRIGUES BASTOS