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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

Pancreatite autoimune subtipo 2: Relato de Caso

Fundamentação/Introdução

Pancreatite autoimune (PAI) é uma forma de pancreatite que envolve mecanismos imunológicos, com elevação dos níveis séricos de IgG, principalmente IgG4. Há 2 subtipos: o subtipo 1 é a manifestação pancreática de uma doença sistêmica fibroinflamatória que pode afetar múltiplos órgãos (pâncreas, ductos biliares, glândulas salivares, retroperitônio, rins e linfonodos). O subtipo 2 é um distúrbio específico do pâncreas. O diagnóstico normalmente é feito com base em critérios clínicos, laboratoriais, de imagem e características histológicas, mas, em sua maioria, é baseado no aumento de IgG4 associado a achados histológicos. A resposta eficaz aos corticosteroides pode ajudar a estabelecer o diagnóstico quando amostras de tecido não estão disponíveis.

Objetivos

Relatar o caso de PAI subtipo 2 em paciente adulto jovem afim de comparar os achados com aqueles descritos na literatura.

Delineamento e Métodos

Estudo descritivo constando relato de caso fundamentado em dados do prontuário associado à revisão de literatura sobre o assunto nas bases de dados eletrônicas, PubMed e SciELO.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Paciente masculino, 36 anos, refere dor abdominal em região epigástrica associada à astenia, anorexia e emagrecimento, hipocorado ++/4+, estável hemodinamicamente, nega etilismo e tabagismo. Tomografia computadorizada de abdome com "sinais de pancreatite crônica calcificante, com discretos pseudocistos em seu interior”. IgG4: 1.450 mg/L. Diante da clínica do paciente, dos achados radiológicos e laboratoriais, iniciou-se a terapêutica para PAI com esteroides em altas doses. Em 1 semana de corticoterapia os valores de IgG4 reduziram para 745mg/L havendo melhora dos sintomas, paciente seguiu tratamento ambulatorial com gastroenterologista. Em 60 dias, o paciente retornou com anemia severa, queda do estado geral e perda ponderal sendo internado novamente. Evoluiu com asciste importante, cuja paracentese de alívio veio com líquido de aspecto “escuro”, presença de enterococos e leveduras na cultura, amilase de 1.400 U/L e proteínas normais. O paciente evoluiu a óbito por um quadro séptico com foco abdominal.

Conclusões/Considerações Finais

Em suma, deve-se investigar a possibilidade de PAI em pacientes com quadro de dor abdominal epigástrica de pequena intensidade mesmo sem evidências clínicas e laboratoriais para pancreatite aguda, pancreatite crônica ou câncer de pâncreas. Pois, o diagnóstico e a abordagem terapêutica, precoce, reduzem as chances de complicações futuras.

Palavras-chave

Pancreatite autoimune subtipo 2

Área

Clínica Médica

Autores

Thales Barcelos Souza, Lauro Augusto Caetano Leite, Genolívia Viana Quarto, Marcelo Soares Pires, Alexandre Soares Bifano