Avaliação do Escore de Gleason como fator prognóstico em pacientes com Câncer de Próstata durante o ano de 2011 em São Luís-MA.
O adenocarcinoma de próstata é uma das neoplasias malignas mais frequentes em homens, com uma prevalência estimada em 30% acima de 50 anos. Em termos de mortalidade, corresponde à segunda neoplasia mais importante.
Por apresentar padrões arquiteturais variados e características citológicas próprias, o adenocarcinoma de próstata tem sido graduado em diferentes sistemas, sendo o grau de Gleason um dos mais utilizados, este se correlaciona com a extensão da doença, particularmente com o risco de acometimento extraprostático, assumindo valor prognóstico independente.
Avaliar a associação entre o escore de Gleason e os diferentes fatores prognósticos, como idade e estadiamento patológico em casos de adenocarcinoma prostático.
O presente estudo foi realizado no Hospital Aldenora Bello em São Luís-MA e foi do tipo transversal, analítico, retrospectivo, o qual avaliou por meio de prontuários 111 casos distintos de adenocarcinoma de próstata, avaliados durante o ano de 2011.
De acordo com o estudo em análise constatou-se que no período de 2011 a maioria dos pacientes acometidos pelo adenocarcinoma de próstata encontrava-se entre 70 a 79 anos de idade. Além disso, o escore de Gleason grau 7 foi o mais prevalente nesses pacientes, estando presente em 49 dos 111 pacientes. Em relação ao estadiamento TNM, 58 pacientes apresentavam grau do tumor T2.
Quando comparamos o Escore de Gleason com as outras duas variáveis analisadas independentemente, obtivemos os seguintes resultados: Primeiramente correlacionando com a variável idade obtivemos que a média de idade dos pacientes que apresentaram gleason 5= 79,75 anos; gleason 6= 67,74 anos; gleason 7=71,61 anos; gleason 8 =69,5 anos, gleason 9 =75,6 anos e gleason 10= 75 anos. Não obtivemos pacientes com gleason menor que 5.
Quando correlacionamos o Escore de Gleason com o Estadiamento TNM observamos que 36 pacientes não apresentavam em seus prontuários o estadiamento TNM. Dos 75 restantes, a maioria apresentou estadiamento T2, porém, foram também analisados pacientes com estadiamento T1, T3 e T4.
Portanto, conclui-se que no ano de 2011 a maioria dos pacientes acometidos tinham entre 70 a 79 anos, o gleason 7 foi o mais prevalente e a maioria dos tumores apresentaram estadiamento T2.
Quando comparamos o Gleason com a idade, concluímos que não existe uma relação direta entre idade e gleason, já quando comparamos o Gleason com o Estadiamento TMN, concluímos que essas variáveis são diretamente proporcionais.
gleason, neoplasia, próstata
Clínica Médica
Adriana Aila Rocha Araújo, Cláudia Tamires Sousa Leite, Ana Thays de Oliveira Martins Bringel