ANÁLISE DO PERFIL CLÍNICO DE PACIENTES COM EMERGÊNCIAS CLÍNICAS CARDIOVASCULARES EM UM HOSPITAL PÚBLICO
Apesar dos avanços recentes da medicina, as doenças cardiovasculares (DC) lideram como causa de morte no Brasil, devido a complicações como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e arritmias cardíacas. Os pacientes que evoluem com tais complicações necessitam de atendimento em Unidades de Emergência (UE’s). O reconhecimento do perfil clínico desses pacientes torna-se imprescindível para instituir medidas de promoção à saúde, buscando evitar as complicações e o óbito.
Avaliar o perfil clínico de pacientes atendidos com Emergências Clínicas Cardiovasculares em Hospital Geral do Estado de Alagoas.
Estudo observacional analítico transversal baseado em questionário elaborado de acordo com os objetivos da pesquisa. Realizou-se a consulta de 345 prontuários de pacientes atendidos na Unidade de Dor Torácica, entre 2013 a 2015, para coletar as informações contidas nos questionários e perguntado aos pacientes sobre regularidades de consultas que fazem em postos de saúde ou serviços privados. A análise estatística realizou-se pelo software SPSS 2.0. O trabalho foi aprovado pelo comitê de ética.
Constaram-se de 345 prontuários, 50.72% mulheres e 49.28% homens, 80% acima de 45 anos. O principal motivo de atendimento é a dor torácica. Apenas 12,3% desses pacientes declararam não ter fatores de risco para DC. Os que informaram possuir fatores de riscos, 22,5% são dislipidêmicos; 23,5% obesos, 24,9% tabagistas, 37,9% com história familiar de DC, 21,2% hipertensos, 8% diabéticos e 18,8% portadores de outras doenças crônicas, além de 67% declararem-se sedentários. Do total, 45,2% não fazem acompanhamento regular em Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou em outros serviços particulares; dos que fazem, 52,5 % são em UBS e 2,3% em outros serviços.
Infere-se que uma quantidade expressiva dos pacientes é acometida por vários fatores de riscos e não faz acompanhamento através de consultas médicas regulares, justificando-se pelas dificuldades no acesso oportuno a serviços básicos. O que nos leva a reflexão da infraestrutura da atenção básica nos diferentes espaços brasileiros, atentando para a necessidade da melhoria do acesso ao sistema de saúde e da reengenharia das ações que visam promover saúde. Assim, tem-se um maior controle sobre as doenças, evitam-se superlotações nas UE’s, deixando-as para os com condições clínicas críticas.
Clínica Médica
Universidade Federal de Alagoas - Alagoas - Brasil
Brenda Cavalcanti Costa Barros, Lucas Almeida Silva, Lucy Vieira da Silva Lima, Jessica Carneiro Gomes, Flávio Teles Farias