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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

ABCESSO DE MÚSCULO ÍLEOPSOAS PRIMÁRIO, SEM RELAÇÃO COM TRAUMA OU IMUNOSSUPRESSÃO: RELATO DE CASO

Fundamentação/Introdução

O abcesso do músculo ileopsoas é uma condição rara e subdiagnosticada na prática clínica. Pode ser classificado em primário ou secundário. O primário ocorre por disseminação hematogênica ou linfática, acomete principalmente crianças e pacientes com algum grau de imunossupressão (HIV, diabetes, renais crônicos), sendo o trauma muscular também um fator de risco. Já o secundário é mais comum e decorre de processos inflamatórios intra-abdominais. O diagnóstico é clínico, apesar das manifestações inespecíficas e do exame físico dificultado pela anatomia profunda do músculo. A tomografia computadorizada é o exame de escolha para confirmação e o tratamento inclui a drenagem do abcesso, seguida por antibioticoterapia com cobertura para Staphylococcus aureus, o principal agente etiológico.

Objetivos

Relatar caso de abcesso do músculo ileopsoas em adolescente sem qualquer evidência de imunossupressão, traumas ou doenças associadas.

Delineamento e Métodos

Revisão de prontuário.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

P.L.F.B., 14 anos, sexo masculino, hígido, admitido com quadro de dor em quadril à esquerda e febre alta há 15 dias, levando a posição antálgica de membro inferior esquerdo (rotação externa e flexão de joelho), sem história de trauma ou lesões cutâneas prévias. Deu entrada em sepse grave, com suspeita de abdome agudo inflamatório, sendo submetido à laparotomia exploradora, não diagnóstica. No pós-operatório paciente mantinha febre, taquidispnéia, astenia e dor articular. Solicitada avaliação da ortopedia por suspeita de abcesso do músculo ileopsoas esquerdo, sendo submetido a drenagem cirúrgica com saída de moderada quantidade de material purulento, sem intercorrências, e ampliada antibioticoterapia para cobertura de germes Gram positivos. Não houve crescimento bacteriano nas culturas realizadas. Durante a internação foram descartadas causas de imunossupressão, tais como diabetes, HIV, doenças auto-imunes e insuficiência renal crônica. Paciente evoluiu com melhora clínico-laboratorial, recebendo alta hospitalar assintomático.

Conclusões/Considerações Finais

Apesar de entidade rara, a psoíte deve ser sempre um diagnóstico lembrado nas afecções abdominais e queixas relacionadas à articulação do quadril, após descartados diagnósticos diferenciais, mesmo sem qualquer relato de traumatismos ou comorbidades.

Palavras-chave

Abcesso músculo íleopsoas; psoíte; primário

Área

Clínica Médica

Instituições

Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo - São Paulo - Brasil

Autores

Ana Gabriela Souza Caldas, Josiele Aparecida Souza, José Eduardo Gomes Vasconcellos, Daniella Rezende Duarte Maksymczuk