Diabetes Insipidus central pós neurotoxoplasmose em paciente com Síndrome da imunodeficiência adquirida
Introdução/Fundamentos: O diabetes insipidus (DI) é um distúrbio na síntese, secreção ou ação do ADH (hormônio anti-diurético)ou Vasopressina, que podem resultar em síndromes poliúricas, em que ocorre excreção aumentada de urina hipotônica, resultante da ingestão excessiva de água, ou alterações nos canais de aqüaporina-2 (AQP2). Paciente 42 anos, com Síndrome da Imunodeficiência adquirida (SIDA), em internação para investigação de febre há 15 dias, com diagnóstico de neurotoxoplasmose (NTX), evoluiu com hipernatremia refratária e polidpsia.
Objetivo: Contribuir com relato de caso para literatura, para enfatizar a importância do tratamento da SIDA para prevenção de doenças secundárias à imunodeficiência e suas consequências.
Métodos: Relato de caso com revisão na literatura.
Resultados: Paciente iniciou tratamento para neurotoxoplasmose com Sulfadiazina 1500mg/dia, Pirimetamina 75mg/dia e Ácido folínico 15mg/dia. Desenvolvendo nos dias subsequentes hipernatremia refratária e polidpsia. Com hipótese diagnóstica de Diabetes insipidus foi realizado teste terapêutico com Desmopressina (dDAVP) 10mg por dois dias consecutivos com boa resposta ao tratamento.
Conclusão: O Diabetes Insipidus central pode ser adquirido por várias causas, dentre as mais relevantes, tumores, traumas e infecções. Nesse relato a deficiência de Vasopressina foi consequente a doença oportunista da SIDA. Acredita-se que o tratamento da doença de base, com uma baixa carga viral e aumento de CD4 sejam fundamentais para melhor controle de doenças oportunistas e diminuição da morbi/mortalidade.
Palavras chave: Diabetes Insipidus central, Neurotoxoplasmose e Síndrome da imunodeficiência adquirida
Clínica Médica
Fabiula Carvalho Corrêa, Maria Isabel Nunes Rêgo, Bruna Cristina Marabita Tavares Oliveira, Felipe Henrique Leal Silva, Paulo Fernando Diniz Gomide