NEFRITE LÚPICA DIAGNOSTICADA DURANTE A GESTAÇÃO: RELATO DE CASO
Mulheres em período fértil têm alta prevalência de lúpus eritematoso sistêmico (LES), uma doença crônica de etiologia autoimune e de distribuição multissistêmica. Entretanto, mulheres com LES, na maior parte dos casos, não têm sua fertilidade comprometida.
O objetivo deste trabalho é avaliar uma paciente gestante portadora de nefrite lúpica e a influência da gestação na exacerbação da nefropatia.
Trata-se de um relato de caso de uma paciente de 28 anos em acompanhamento multidisciplinar em Unidade de Terapia Intensiva.
A paciente foi diagnosticada com LES durante sua segunda gestação, cuja idade gestacional era de cerca de 18 semanas. Evoluiu com anemia severa e insuficiência renal. Diante do exposto, a paciente enquadra-se na parcela de mulheres que têm exacerbação do LES durante a gestação e, portanto, possui uma gravidez de alto risco. O comprometimento renal associado ao LES (nefrite lúpica) é frequente e constitui um dos fatores de maior morbimortalidade na doença. Os corticosteroides, como primeira escolha de tratamento e a diálise, enquanto terapia renal substitutiva, foram adotados para essa paciente.
É importante fazer o rastreamento de portadoras de nefrite lúpica para um adequado acompanhamento durante o pré-natal. De maneira semelhante, controlar a evolução da doença no período gestacional e pesquisar novos medicamentos com mesma função que os utilizados no LES, porém menos agressivos ao feto são de importância considerável.
Lúpus eritematoso sistêmico; nefrite lúpica; gravidez de alto risco.
Clínica Médica
Faculdade Atenas - Minas Gerais - Brasil
Laura Caroline Gonzaga de Carvalho, Luilson Geraldo Coelho Junior, Pedro Henrique Maia Nogueira da Silva, Bruna Rodrigues Vieira, Luiza Severo Ferreira de Mello