Título

Estudo de casos de fibrilação atrial

Fundamentação/Introdução

A Fibrilação Atrial (FA) é a arritmia cardíaca sustentada mais comum. A FA pode levar à significativa limitação da funcionalidade e qualidade de vida e é importante fator de risco para acidente vascular encefálico (AVE).

Objetivos

Descrever perfil dos pacientes com FA atendidos em hospital geral, de modo a explorar a epidemiologia e a história natural da doença, assim como possíveis fatores desencadeantes, sintomas associados e tratamento empregado.

Delineamento e Métodos

Estudo de casos observacional e transversal com pacientes com diagnóstico de FA através de eletrocardiograma, submetidos à aplicação de questionário com informações epidemiológicas e clínicas, exames laboratoriais e de imagem, tipo de FA e tratamento.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

95 pacientes foram incluídos no estudo. Destes, houve predominância do sexo masculino (55,8%) e da etnia branca (84,2%). A idade média foi de 67,9 (±12,3), com predomínio de idosos (76,8%). Na admissão do estudo, 84,2% dos pacientes apresentavam sintomas, sendo os principais dispneia aos esforços (51,6%), redução do rendimento físico (46,6%) e palpitações aos esforços (46,3%). Das comorbidades associadas mais frequentes, a hipertensão arterial sistêmica (73,7%) foi a mais frequente, seguida pela insuficiência cardíaca (50,5%). O tempo médio de FA foi 6,5 anos (±8,1 anos). O tipo de FA mais frequente foi a “permanente”, acometendo 60,0% dos pacientes. A maioria dos pacientes realizou ecocardiograma (71,6%). Em relação ao manejo terapêutico, 69,5% estavam em uso de medicamentos para controle da frequência cardíaca; 21,1%, medicamento antiarrítmico; 61,1%, anticoagulante oral; e 40,0%, antiplaquetário. Apenas 17,9% haviam realizado cardioversão. Nenhum paciente relatou ablação por cateter prévia.

Conclusões/Considerações Finais

O perfil dos pacientes foi de idosos, do sexo masculino, que apresentavam dispneia aos esforços, tinham FA “permanente” e hipertensão arterial sistêmica associada. A conduta terapêutica mais empregada foi controle da frequência cardíaca.

Palavras-chave

Fibrilação atrial, epidemiologia, sintomas, tratamento.