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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

Trombose portal: correlação de fatores de risco, descrição dos achados por imagem, terapêutica empregada, em único centro

Fundamentação/Introdução

A trombose da veia porta (VP) pode ser aguda ou crônica. Relacionada há fatores locais (cirrose, malignidades hepatobiliares, colecistite, pancreatite, apendicite, esplenectomia, doença inflamatória intestinal, cirurgias gastrointestinais) e sistêmicos (trombofilias congênitas ou adquiridas). Em casos crônicos, a hipertensão portal se relaciona à percentual maior de complicações, levando à transformação cavernosa.

Objetivos

Correlacionar fatores de risco e fazer a análise descritiva por imagem, incluindo pacientes com comprometimento porto-mesentérico, atendidos pelo mesmo grupo. Analisar o método empregado para diagnóstico, característica dos vasos acometidos, existência de transformação cavernomatosa, presença de trombo mural e terapêutica.

Delineamento e Métodos

Análise retrospectiva em 60 prontuários no período de 07/2004 a 06/2015.
Variáveis analisadas: sexo, idade, fatores de risco, diagnóstico por imagem: ultrassonografia abdominal com doppler (n=25; 42%), tomografia computadorizada abdominal (n=28; 47%), e ressonância nuclear magnética de abdômen (n=11; 18%), sendo um ou mais exames, empregados; descrição da imagem: acometimento vascular recente ou não, trombose VP - total ou parcial), existência ou não de transformação cavernomatosa e presença de trombo mural; tratamento.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Em 60 pacientes: sexo feminino (n=32; 53,33%); faixa etária entre 15 e 92 anos, média 51 anos. Fatores de risco: cirrose hepática (n=23; 38,33%), sendo hepatite C (n=7; 11,67%) e síndrome de Budd-Chiari (n=3; 5%); neoplasia (n=9; 15%); carcinoma hepatocelular (n=8; 13,33%); trombofilias (n=12; 20%); inflamatórios (n=5; 8,33%); em 7 não identificado etiologia. A VP foi acometida em 59%; mesentérica 20%; esplênica 11%; hepática 9%, em alguns casos acometimento de mais de um vaso; trombose não recente em 48%, predominando em 45% o acometimento parcial da luz. O exame de imagem possibilitou descrever característica de trombo tumoral em 3 pacientes (5%) e transformação cavernomatosa em 17 (28%). Terapêuticas: anticoagulação plena (n=26; 43%); tratamento conservador (n=23; 38%); cirúrgico (n=4; 7%); filtro de cava (n=3; 5%); desobstrução de TIPS (n=2; 3%), sendo que 1 paciente evoluiu à Tx hepático; trombólise local (n=2; 3%).

Conclusões/Considerações Finais

Em 60 casos: cirrose hepática ocorreu como etiologia em 23 (38,33%). Evoluíram à transformação cavernomatosa de porta em 17 (28%). A anticoagulação plena foi a terapêutica mais empregada (n=26; 43%).

Palavras-chave

Trombose Sistema Porto-Mesentérico; Trombose da Veia Porta; Transformação Cavernomatosa;

Área

Clínica Médica

Autores

Ana Angélica Alves Pimenta Santos, Clarissa Cavalin, Ana Carolina Nogueira Gama Assis, Ursula Goldoni, Ana Maria Pittella