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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

ETIOLOGIAS RELACIONADAS COM A PRESENÇA DE EOSINÓFILOS NO LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO NA ERA PÓS-HIV

Fundamentação/Introdução

A análise do Líquido Cefalorraquidiano (LCR) fornece importantes informações sobre o microambiente do sistema nervoso central (SNC). A presença de eosinófilos no LCR pode ser sugestiva de doenças infecciosas e não-infecciosas. A maioria dos estudos sobre eosinófilos no LCR são, entretanto, datados da era pré-HIV.

Objetivos

Analisar os casos com presença de eosinófilos no LCR em grupos de pacientes HIV positivos e negativos relacionando com as principais etiologias em cada grupo.

Delineamento e Métodos

Foi realizado um estudo analítico, observacional, retrospectivo de todos os laudos de exames de LCR realizados pelo Serviço de Análises Clínicas do HC-UFPR, no período de 1996 a 2005, totalizando um total de 12.596 laudos. Critério de inclusão: amostras de LCR com presença de eosinófilos; quando houve exames sequenciais em um mesmo internamento foi incluído apenas o primeiro.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Foram revisados 12.596 laudos de LCR, destes 488 (3,9%) apresentavam eosinófilos. A média das idades ± DP nos grupos HIV positivo (n=49) e negativo (n=439) foi 35,2±11,6 e 25±24 respectivamente. Houve correlação positiva fraca, entre o número de eosinófilos no LCR e sangue periférico (r=0,3; p=0,0006). No grupo de pacientes HIV positivo as três principais etiologias relacionadas com a presença de eosinófilos no LCR foram: neurocriptococose n=22 (45%), neurotoxoplasmose n=7 (14%) e neurotuberculose n=4 (8%). Já no grupo de pacientes HIV negativo, foram: meningite bacteriana aguda n=73 (17%), neurocisticercose n=50 (11%) e hidrocefalia com derivação ventrículo-peritoneal n=28 (6%).

Conclusões/Considerações Finais

A presença de eosinófilos no LCR, independente do número, é considerada patológica. As etiologias mais prevalentes, tanto no grupo HIV positivo como negativo, foram de origem infecciosa. No grupo HIV positivo predominaram as infecções oportunistas, principalmente neurocriptococose e no grupo HIV negativo houve predomínio das meningites bacterianas agudas.

Palavras-chave

Líquido Cefalorraquidiano. Eosinófilos. Meningite Eosinofílica

Área

Clínica Médica

Instituições

UFPR - Paraná - Brasil

Autores

Sergio Monteiro de Almeida, Alfredo Hummelgen Jr., Vitor Vieira Piseta, Sasha Keith Kowaliuk