Análise do conhecimento de escolares de Itajái-SC sobre o papilomavírus humano (HPV)
A adolescência é o período de maior risco de infecção pelo papilomavírus humano (HPV), já que nela costuma ocorrer o início da vida sexual. A infecção pelo vírus é considerada o principal fator de risco para o câncer de colo uterino.
Avaliar o nível de conhecimento dos adolescentes acerca do HPV e promover difusão das informações sobre prevenção, transmissão e infecção.
Estudo transversal unicêntrico, realizado com 390 escolares, no Colégio de Aplicação da UNIVALI (Universidade do Vale do Itajaí), em Itajaí-SC, com idade entre 12 e 17 anos. Para coleta, utilizou-se um questionário com perguntas objetivas, avaliando o nível de conhecimento sobre o HPV, com questões como: “Que gêneros (masculino e/ou feminino) podem ser infectados pelo HPV?”, “Qual a principal forma de transmissão do HPV?”, “Quais as formas de prevenção contra o HPV?”. Além da análise descritiva, o teste qui-quadrado (X²) foi utilizado para estabelecer homogeneidade das proporções e o nível de significância foi estabelecido de p<0,05. Realizaram-se também palestras informativas.
Entre os 390 participantes, 188 eram do sexo feminino e 202 eram do sexo masculino. A idade média entre os adolescentes foi de 14,41 anos. Avaliando o grau de conhecimento, 91,28% já ouviram sobre o HPV e 91,54% responderam que HPV é um vírus. Porém, apenas 43,08% souberam o significado da sigla. As relações sexuais são a principal maneira de transmissão e 81,03% dos participantes souberam afirmar isso. No entanto, somente 48,46% apontou que ambos os sexos podem ser infectados pelo vírus. Sobre prevenção, 59,48% lembraram-se do uso de preservativo, 12,56% do início tardio da atividade sexual e número reduzido de parceiros, 55,38% da realização da vacina e 28,20% da educação sexual. Sendo que a vacinação e os preservativos foram lembrados principalmente pelas participantes do sexo feminino (p<0,05). As manifestações clínicas da infecção foram apontadas corretamente por 70% dos adolescentes.
A grande maioria dos participantes do estudo já conhecem as informações básicas sobre o HPV. Porém, o nível de conhecimento foi bem menor em relação à possibilidade de ambos os gêneros serem infectados. Como forma de prevenção, muitos se lembraram do uso de preservativo e da realização da vacina, todavia esqueceram-se das outras maneiras também importantes na interrupção da disseminação do vírus.
Prevenção de Doenças Transmissíveis; Papillomaviridae; Adolescente
Clínica Médica
Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI - Santa Catarina - Brasil
Henrique Almeida Friedrich, Luiza Soster Lizott, Jonatan Francisco Alves, Tamires Farina Menegat, Maria Regina Orofino Kreuger