Attitude Promo
(48) 3047-7600 cbcm@attitudepromo.com.br
13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

Relato de caso: paciente com endocardite infecciosa de difícil diagnóstico

Fundamentação/Introdução

A endocardite infecciosa (EI) é uma doença caracterizada pela inexistência de sintomas específicos e pelo caráter insidioso com que pode decorrer. Por ter alta morbimortalidade, seu diagnóstico, apesar de complexo, deve ser rápido, com pronto reconhecimento pelos médicos de suas manifestações clínicas e consequências.

Objetivos

Relato de um caso de endocardite infecciosa de difícil diagnóstico de um paciente assistido pelo Hospital da Cruz Vermelha do PR.

Delineamento e Métodos

Relato de caso retrospectivo, qualitativo e observacional do paciente em questão, através da revisão de seu prontuário e também da análise da literatura relacionada ao tema exposto.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Relato de caso: R.R.C., 33 anos, masculino, 43 quilogramas (kg), queixava-se de hiporexia, emagrecimento (20 kg em 12 meses), dispneia aos pequenos esforços, astenia, com diagnósticos prévios de artrite reumatoide, nefrolitíase e depressão. Negava febre e cirurgias prévias. À ausculta cardíaca, constatou-se sopro sistólico em foco mitral de três em quatro cruzes. O hemograma evidenciou anemia normocítica e normocrômica, e leucograma com desvio à esquerda. Iniciou-se, no quarto dia de internamento, antibioticoterapia empírica com ceftriaxona. O ecocardiograma revelou (resultado no sexto dia de internamento) insuficiência valvar mitral importante, sugestivo de perfuração de folheto; função sistólica global gravemente diminuída; disfunção diastólica grau III; átrio esquerdo aumentado e dupla lesão valvar aórtica leve. A suspeita principal foi EI, iniciando-se tratamento empírico com Ampicilina, Ceftriaxona e Gentamicina. Durante o período de internamento, o paciente se apresentou afebril, com resultados de hemoculturas negativos. No décimo segundo dia, paciente evoluiu com choque séptico e óbito.

Conclusões/Considerações Finais

A EI se apresenta como uma doença de difícil diagnóstico diferencial devido a sua variação e inespecificidade sintomatológica. Ela pode cursar mesmo sem originar febre, hemocultura positiva ou vegetações ao ecocardiograma. Sendo assim, a EI não pode ser descartada em pacientes com sintomas atípicos, necessitando de diagnóstico e tratamento precoces, para se evitar possíveis complicações e óbito.

Palavras-chave

Endocardite infecciosa; Clínica Médica

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Positivo - Paraná - Brasil

Autores

Pedro Henrique Faccenda, Vinícius Dias Pinto da Fonseca, Virginia Marques Bestetti, Paola Lugarini, Edisom Paula Brum