Título

TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE

Fundamentação/Introdução

O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é o principal transtorno em crianças e adolescentes, acometendo aproximadamente 3 a 5% das crianças no mundo. A apresentação clínica normalmente engloba desatenção, hiperatividade e impulsividade. O TDAH é dividido em três subtipos (desatento, hiperativo e misto). Para o diagnóstico são necessários pelo menos seis sintomas de hiperatividade/impulsividade e/ou seis sintomas de desatenção. Os fármacos são a principal opção para o tratamento após o diagnóstico, constituindo-se de psico-estimulantes e derivados anfetamínicos.

Objetivos

Analisar o perfil epidemiológico de pacientes encaminhados por transtorno de déficit de atenção e hiperatividade ao ambulatório de neurologia infantil da cidade de Chapecó-SC no ano de 2013.

Delineamento e Métodos

Realizou-se um censo a partir da coleta de dados registrados em 233 prontuários eletrônicos. A população em estudo foi composta por registros de pacientes de 4 a 15 anos com diagnóstico de TDAH encaminhados ao ambulatório de neuropediatria da cidade de Chapecó-SC no período de janeiro de 2013 a dezembro de 2013.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

A incidência de casos de TDAH mostrou-se ser maior no sexo masculino (80,7%). Apenas 39,9% dos pacientes apresentavam história familiar positiva para TDAH. O subtipo mais prevalente foi o misto, seguido pelo desatento e por último o hiperativo/impulsivo. Em relação aos sinais e sintomas, a DAP foi a mais referida com 74,2%, seguida de agitação com 46,8%, desatenção com 36,9%, prejuízo social com 33,1%, impulsividade com 28,3%, ansiedade com 13,3%, agressividade com 9,9% e irritabilidade com 3%. Dos pacientes com o transtorno, 27% apresentavam comorbidades. O uso de medicamentos é muito difundido, sendo a Ritalina o representante mais amplamente utilizado. Em alguns casos, são utilizadas associações medicamentosas para tentativa de um melhor tratamento e prognóstico.

Conclusões/Considerações Finais

Observa-se que os pacientes diagnosticados com TDAH são em sua maioria do sexo masculino, e apresentam média de idade de 9,14 anos. O subtipo misto é o mais prevalente, cursando com uma sintomatologia de dificuldade de aprendizado e agitação. A maioria dos pacientes apresentou prejuízo na esfera do aprendizado e atraso no desenvolvimento social. A apresentação de comorbidades não foi a regra, e o tratamento mais difundido foi com uso de metilfenidato.

Palavras-chave

Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, aprendizagem, comorbidade.