Título

EXPOSIÇÃO AO LPS NO PERÍODO NEONATAL PREVINE O DANO OXIDATIVO CEREBRAL NA IDADE ADULTA EM MODELO EXPERIMENTAL DE SEPSE

Fundamentação/Introdução

Durante as primeiras fases da vida o sistema imune inato apresenta maior plasticidade, onde estímulos imunológicos podem alterar respostas inflamatórias na idade adulta. A imunização precoce pode ser uma estratégia de diminuir os danos oxidativos causados no cérebro em uma futura infecção como a sepse. A principal causa de infecção que evolui para sepse é por bactérias Gram-negativas, portanto a imunização com a endotoxina lipopolissacarídeo (LPS) se torna uma estratégia de imunização à sepse.

Objetivos

Avaliar a influência da imunização com LPS no período neonatal sobre o dano oxidativo cerebral em ratos submetidos à sepse polimicrobiana na idade adulta.

Delineamento e Métodos

Estudo do tipo experimental quantitativo. Ratos Wistar machos com idade de 14 dias foram tratados com uma injeção intraperitoneal de LPS (100 μg/kg) ou salina. Ao completarem 60 dias de idade foram submetidos ao modelo animal de sepse por ligação e perfuração cecal (CLP) ou somente a laparotomia (sham/grupo controle). Foram divididos em salina+sham, LPS+sham, salina+CLP e LPS+CLP e 24 horas após CLP foi avaliado o dano oxidativo em lipídios (TBARS), proteínas carboniladas, e atividade das enzimas antioxidantes catalase (CAT) e superóxido dismutase (SOD) no hipocampo e córtex pré-frontal.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Demonstramos em nosso estudo que a imunização com LPS no período neonatal teve um efeito protetor diminuindo significativamente o dano oxidativo em lipídios e proteínas no córtex pré-frontal quando comparamos os grupos LPS+CLP e salina+CLP. A imunização também teve efeito protetor em reestabelecer os níveis de CAT com diferença significativa ao comparar os grupos LPS+CLP e salina+CLP no hipocampo. Porém não houve diferença significativa quando analisada a atividade da SOD em ambas as estruturas.

Conclusões/Considerações Finais

A exposição ao LPS no período neonatal foi possível diminuir o estresse oxidativo cerebral causado pela sepse no período adulto.

Palavras-chave

Sepse; Estresse oxidativo; Lipopolissacarídeo;

Área

Clínica Médica