MORTALIDADE POR ACIDENTES DE TRÂNSITO NO GRANDE OESTE DE SANTA CATARINA.
Fundamentação/Introdução: Anualmente, são cerca 1,2 milhões de mortes no mundo decorrentes de acidentes de trânsito, dessas, mais de 90% ocorrem em países de baixa e média renda. No Brasil, a taxa de mortalidade específica (TME) para acidentes de trânsito aumentou de 17,1 no ano 2000 para 22,5 no ano 2010, configurando-se como a segunda maior causa de mortes por causas externas no país e a primeira em Santa Catarina.
Objetivos: Analisar o perfil demográfico da mortalidade por acidentes de trânsito na macrorregião do grande oeste de Santa Catarina no período de 2003 a 2012 e estratificar esses óbitos conforme faixa etária e gênero.
Delineamento e Métodos: Estudo observacional, descritivo, transversal que analisou óbitos por acidentes de trânsito ocorridos no período de janeiro de 2003 a dezembro de 2012, no grande oeste de Santa Catarina, região definida conforme a divisão das macrorregiões de saúde da Secretaria Estadual de Saúde de Santa Catarina. A população do estudo incluiu as mortes da faixa etária entre 05 e 59 anos, registradas no Sistema de Informações sobre Mortalidade. Foram excluídos da pesquisa os óbitos com registro de sexo ‘ignorado’. A coleta de dados foi realizada na página eletrônica do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A análise estatística e a descrição da amostra foram realizadas através do software Microsoft Excel®.
Resultados: Os óbitos por acidente de trânsito representaram, na população estudada, 46,5% da mortalidade por causas externas no sexo masculino e 53,54% no sexo feminino. Nos dez anos contemplados pelo estudo, a TME de acidentes de trânsito foi de 47 para homens e 11 para mulheres. O pico da TME, tanto para homens (81 óbitos/100.000) quanto para mulheres (17 óbitos/100.000) ocorreu na faixa etária entre 20 e 29 anos. Em 2003 a TME foi de 21,5 crescendo para 31 em 2012. No ano de 2009 a razão dos coeficientes de mortes por acidentes de trânsito alcançou sua maior proporção: sete homens para cada mulher.
Conclusões/Considerações Finais: Mesmo com a implantação, em 1997, do novo Código Nacional de Trânsito, a taxa de mortalidade por acidentes de trânsito segue em crescimento no Grande Oeste de Santa Catarina. Adultos jovens (entre 20 e 29 anos) do sexo masculino foram as maiores vítimas.
Mortalidade; Perfil Epidemiológico; Acidentes de Trânsito.
Clínica Médica
Universidade Comunitária da Região de Chapecó - UNOCHAPECO - Santa Catarina - Brasil
GABRIELLE SEGATTO GRÁS, RICARDO SCHMITT