Título

RELAÇÃO DA OCORRÊNCIA DE SINAIS DE DOENÇA SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEL COM RESULTADOS ALTERADOS DE EXAMES DE PCCU EM UMA CAPITAL DA AMAZÔNIA

Fundamentação/Introdução

Introdução/Fundamentos: O câncer de colo do útero é segunda neoplasia mais frequente no aparelho genital feminino nos países em desenvolvimento. Dessa forma, deve-se enfatizar a importância dos fatores de risco para a sua ocorrência e evolução. Destaca-se o início precoce da atividade sexual, a multiplicidade de parceiros e história de DST.

Objetivos

Objetivos: Analisar a relação da ocorrência de sinais de doenças sexualmente transmissíveis (DST’s) com os resultados alterados nas amostras de PCCU na cidade de Macapá-AP.

Delineamento e Métodos

Delineamento/Métodos: Estudo transversal, descritivo e quantitativo, de mulheres com exames de PCCU alterados no ano de 2014. Os dados da pesquisa foram armazenados em uma planilha do Excel® e posteriormente exportados para o software SPSS® 22.0 for MAC para análise estatística. Os dados contínuos foram descritos pela média e respectivo desvio padrão, e os dados categóricos pelo número absoluto de ocorrência da variável (n) e sua porcentagem relativa (%). Todas as variáveis que continham uma métrica do tipo contínuo foram testadas quanto a sua distribuição de normalidade pelo teste de Kolmogorov-Smirnov. Quanto à distribuição dos dados, foram observados como uma distribuição normal, para as comparações entre dois grupos independentes. Utilizou-se o teste T student e para mais de dois grupos o teste de ANOVA foi utilizado. Para distribuições não normais, o teste de Mann-Whitney e o teste Kruskal-Wallis foram aplicados.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Resultados: Dos 6.400 resultados de exame coletados no período de um ano, 197 evidenciaram um resultado anormal. Destes, 31,5% apresentavam células atípicas de significado indeterminado (ASC), 25,3% lesão intraepitelial de alto grau (HSIL), 9,6% lesão intraepitelial de baixo grau (LSIL) e 10,2% Adenocarcinoma in situ (x=0,2). Observou-se que de todas as pacientes com PCCU alterados, 20% apresentavam sinais de DST. Destas, 54,5% apresentavam ASC, 24,2% HSIL, 6,1% LSIL, e 15,2% Adenocarcinoma in situ (χ2 = 0,3).

Conclusões/Considerações Finais

Conclusões/Considerações Finais: Apesar da relação neste estudo não ter sido significativa, o que pode ser explicado pelo pequeno n desta análise, 45,5% das mulheres com alguma alteração maligna no exame de PCCU apresentam sinais de DST’s. Já é bem documentado na literatura que a progressão tumoral, a partir da infecção de células normais por HPV, está condicionada a fatores relacionados ao vírus, a fatores relacionados ao hospedeiro e a cofatores exógenos como a coinfecção por outros agentes de transmissão sexual.

Palavras-chave

Papanicolau,Neoplasias do Colo Uterino,DSTs,Epidemiologia.