Attitude Promo
(48) 3047-7600 cbcm@attitudepromo.com.br
13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

Benfotiamina associada a Colestase Medicamentosa

Fundamentação/Introdução

A elevação dos exames laboratoriais do fígado pode estar associada à lesão hepática induzida por drogas (LHID). O diagnóstico muitas vezes é de exclusão, pois inicialmente buscam-se causas mais comuns.

Objetivos

Descrever paciente que, pelo uso de Benfotiamina, evoluiu com icterícia colestática.

Delineamento e Métodos

As informações contidas neste trabalho foram obtidas por meio de revisão de prontuários médicos.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Mulher de 37 anos iniciou com icterícia de escleras e pele, colúria, acolia, prurido e dor em hipocôndrio direito há 2 meses. A mesma procurou serviço medico, o qual após detectar presença de litíase biliar a submeteu à colecistectomia. No entanto, o quadro não melhorou. Na investigação clínica, lembrava que os sintomas começaram 15 dias após o início de Benfotiamina 150mg/dia, análogo da vitamina B1, receitado para dores em membros inferiores. Lembrava também quadro semelhante há anos quando usou Terbinafina 250mg para tratamento de micose. Este, na época, teve resolução após suspensão da medicação. Na investigação laboratorial, possuía AST 47UI/L; ALT 76UI/L, fosfatase alcalina 385UI/L; gama-glutamiltransferase 289UI/L, bilirrubina total 29mg/dL (bilirrubina direta: 23,09mg/dL). A paciente realizou investigação para hepatites virais crônicas (vírus B e C), hepatite auto-imune, hemocromatose, cirrose biliar primária, deficiência de alfa-1-antitripsina e Doença de Wilson as quais vieram negativas. A partir da correlação do início dos sintomas com o uso das medicações, suspeitou-se de LHD e orientou-se a paciente a suspender a medicação. Solicitou-se biópsia hepática, a qual demonstrou escassos linfócitos em espaços porta, colestasehepatocítica e canalicular acentuada e ausência de fibrose. Após algumas semanas da suspensão da medicação, houve contínua elevação das bilirrubinas. Solicitou-se autorização da paciente e optou-se pelo início empírico de ácido ursodesoxicólico (UDCA) na dose de 12mg/Kg/dia. Nas semanas seguintes, houve queda progressiva dos níveis séricos de bilirrubina e melhora do prurido. Com estes resultados, optou-se pela suspensão do UDCA.

Conclusões/Considerações Finais

O início do UDCA neste caso foi empírico, não podendo desta forma afirmar que seu uso isoladamente foi responsável pela remissão clínica. Destacamos que este é um dos primeiros relatos de LHID envolvendo Benfotiamina.

Palavras-chave

Doença Hepática Induzida por Drogas; Hepatopatias.

Área

Clínica Médica

Instituições

Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR - Paraná - Brasil

Autores

Jean Rodrigo Tafarel, Guilherme Augusto Pozzolo, Giulia de Campos, Douglas Thaynã Vieira de Souza