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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

SÍNDROME DA ENCEFALOPATIA REVERSÍVEL POSTERIOR (POSTERIOR REVERSIBLE ENCEPHALOPATHY SYNDROME – PRES) NO PUERPÉRIO: RELATO DE CASO

Fundamentação/Introdução

A síndrome da encefalopatia reversível posterior (PRES) é caracterizada por cefaléia, alteração de consciência e visuais, crises convulsivas e está associado a um edema provavelmente vasogênico na substância branca encefálica¹. O padrão característico do PRES nos exames de imagem é a presença de alteração de sinal envolvendo a substância branca da porção posterior de ambos os hemisférios cerebrais, especialmente nas regiões parieto-occipitais, simetricamente². Embora tal síndrome afete principalmente a substância branca, o córtex cerebral, gânglios da base e estruturas infratentoriais podem estar envolvidos. A elevação aguda da TA, alteração da função renal, imunossupressão, eclampsia, neoplasia e seu tratamento e infecções podem provocar PRES³. A mesma ocorre geralmente ao final da gestação por patologias associadas e alterações metabólicas, sendo este um dos poucos casos descritos em puerpério.

Objetivos

O objetivo é descrever o caso de uma paciente puerpéria com PRES, quanto aos seus sinais, sintomas e tratamento.

Delineamento e Métodos

A metodologia utilizada foi um estudo observacional não analítico (relato de caso).

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

TS, 27 anos, feminina, primigesta sem alterações obstétricas, apresenta cinco dias após o parto cefaleia holocraniana intensa e sem alívio com analgésicos, e visão turva, sem perda de campo visual. No sétimo dia após o parto, apresentou três episódios convulsivos e rebaixamento do nível de consciência, sendo trazida à emergência apresentando TA 180\90mmHg. Foi submetida à RM de encéfalo mostrando hipersinal em lobos occipitais e temporais em FLAIR. Após controle da TA, apresentou melhora completa dos sintomas, e nova RMN de encéfalo realizada dez dias após o primeiro exame, evidenciou regressão completa das alterações.

Conclusões/Considerações Finais

A fisiopatogenia do PRES permanece desconhecida, embora duas teorias tentam explicá-la: a teoria vasogênica e a teoria citotóxica. Ao final do caso, a etiologia mais provável do PRES na paciente supra citada, seria a vasogênica, porém sem influência de fatores gestacionais. A teoria vasogênica alicerçada nos pacientes que apresentam PRES associado à hipertensão arterial grave, estabelece comprometimento inicial da autoregulação cerebral e vasodilatação, aumentando a permeabilidade da barreira hematoencefálica determinando a instalação do edema vasogênico.

Palavras-chave

Área

Clínica Médica

Instituições

Hospital Universitário - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Joana Weisheimer Rohde, Gisele Mara Paziczek, Luana Severo Vasconcellos , Juan Diego Soares Zambon , Luiz Carlos Porcello Marrone