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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

NEUROTOXICIDADE PELA POLIMIXINA B

Fundamentação/Introdução

A PolimixinaB (POLIB) é um importante aliado na terapia antibacteriana tendo em vista o aumento da incidência de infecções de bactérias gram negativas multirresistentes. Porém, com o aumento do seu uso questões antigas, como efeitos colaterais, voltam a ser palco de discussões.

Objetivos

Descrever um caso de insuficiência respiratória secundária a paralisia neuromuscular após infusão de PoliB.

Delineamento e Métodos

Revisão e coleta de dados de prontuário.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

A. A. E, feminino, 72 anos, HAS, DRC Estágio 4, internada em outro serviço por quadro de choque séptico de foco urinário e piora da função renal necessitando de terapia de substituição renal e uso de droga vasoativa (DVA) em uti. Durante internação apresentou nova piora infecciosa com ampliação do espectro de antibiótico, troca de acessos venosos , sendo transferida ao nosso serviço em uso de POLIB, Daptomicina e Fluconazol empíricos. No 1º dia de UTI (DUTI) evoluiu com piora do quadro respiratório, hipoventilação necessitando de IOT. Paciente foi brevemente extubada no 2º DUTI mantendo terapêutica antibiótica. No 3º DUTI, mesmo tolerando bem a hemodiálise e sem sinais de piora infecciosa, paciente apresentou novo quadro de hipoventilação, rebaixamento do nível de consciência necessitando de novo suporte ventilatório invasivo, com melhora do quadro no 4º DUTI, sendo extubada. Durante a administração de POLIB no 5º DUTI, paciente apresenta quadro de tetraparesia flácida e apneia com dessaturação. Devido a repetição do quadro, foi suspeitado de bloqueio neuromuscular por POLIB sendo realizado suporte ventilatório não invasivo e administração de Gluconato de Cálcio com melhora progressiva da força muscular nas horas seguintes sem necessidade de ventilação invasiva. Optou-se por suspender POLIB evoluindo sem novos quadros de apneia e dessaturação, recebendo alta da uti nos dias seguintes.

Conclusões/Considerações Finais

Em anos, relatos de paralisia muscular são encontrados porém não frequentes.Em geral, reserva-se o uso da POLIB em pacientes críticos, o que torna difícil para os clínicos, em alguns momentos, desmembrarem as intercorrências e correlaciona-las com a um único fator, sendo necessário maior esforço para aumentar o conhecimento dos efeitos adversos da POLIB, incluindo os que envolvem a neurotoxicidade.

Palavras-chave

polimixina B, neurotoxicidade

Área

Clínica Médica

Autores

aline neres pereira luz, ricardo volpatto, Débora de Oliveira Darmochid, Rodrigo Morel Vieira de Melo, Larissa saito